POLÍTICA
Lindolfo e Ranieri divergem sobre julgamento do Caso FAC no TSE
Deputados participaram de debate na 101 FM. Lindolfo diz que Joaquim Barbosa deveria declarar suspeição. Ranieri pede conclusão imediata do processo.
Publicado em 11/02/2009 às 14:02
Phelipe Caldas
Os deputados estaduais Lindolfo Pires (DEM) e Ranieri Paulino (PMDB) debateram na tarde desta quarta-feira (11), no programa Paraíba Agora da Rede Paraíba Sat, sobre o processo de cassação que envolve os mandatos do governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e do vice-governador José Lacerda Neto (DEM), que está na iminência de retornar à pauta de julgamento.
Em nome da bancada de situação do governador, Lindolfo criticou a postura do ministro Joaquim Barbosa, que nesta terça-feira (10) pediu suspeição no julgamento de Jackson Lago, governador do Maranhão. Ele disse que existe uma incoerência do ministro, que se disse suspeito no caso do Maranhão, mas não fez o mesmo no caso da Paraíba.
Ele lembrou que Joaquim Barbosa e o ex-governador Ronaldo Cunha Lima tiveram um embate no Supremo Tribunal Federal, e que Barbosa estaria levando este caso em consideração ao julgar Cássio.
“Na última sessão em que o Caso FAC entrou em pauta, ele mostrou uma postura transtornada. Ele tem mágoa de Ronaldo e isto parece que afeta sua postura diante de Cássio. Por isso ele deveria se dizer suspeito também no julgamento do governador da Paraíba”, defendeu.
Já pelo lado da bancada de oposição ao chefe do executivo estadual, Ranieri Paulino disse que Cássio Cunha Lima já se sustentou muito tempo no cargo após suas cassações, e que está na hora da justiça eleitoral se definir.
Ranieri lembra que Cássio já está cassado há quase dois anos e que ainda assim ele tenta se manter no cargo. “É no mínimo curioso que esta situação se mantenha sendo seguidamente prorrogada”, criticou.
Apesar disto, ele diz que é difícil saber se existe lobby ou fatores externos nesta questão. “Até acho que o governador está no papel dele de visitar pessoalmente todos os ministros. Mas as conversas são feitas às portas fechadas e ninguém sabe o que se discutiu lá dentro”, concluiu.
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