VIDA URBANA
Depois de manifestação na Asplan, protesto é contra dom Aldo
Mais de 100 manifestantes protestaram em frente ao prédio da Asplan e agora estão no Palácio do Bispo em protesto ao arcebispo da Paraíba dom Aldo Pagotto.
Publicado em 09/03/2009 às 12:20
Da Redação
Mais de cem representantes de movimentos sociais da Paraíba, em sua maioria composto por mulheres, estão realizando, nesta segunda-feira (9), mobilizações que fazem parte da Jornada Nacional de Luta. No início da manhã, por volta das 10h, os manifestantes se reuniram na frente da Associação dos Cortadores de Cana (Asplan) para protestar contra o plantio da cana-de-açúcar. Segundo eles, a manifestação é contra o monocultivo, porque não sobra terra para plantar outros tipos de alimentos.
Os funcionários da Asplan, através da sua assessoria, informaram que ficaram com medo da manifestação. Por causa de algumas mulheres estarem usando máscaras e gritando alumas palavras de ordem, chegaram até a chamá-los de assassinos. Como eram muitas pessoas, elas conseguiam impedir os funcionários de entrarem e sairem do prédio. No jardim haviam faixas e cartazes pedindo reforma agrária, protestando contra o agronegócio, hidronegócio e plantio da cana.
Com frases do tipo "Nós não vivemos apenas de cana" ou "Comemos outras coisas além de cana", eles seguiram para o Palácio do Bispo, dessa vez para ir contra o arcebispo da Paraíba dom Aldo Pagotto, a quem eles chamavam de "dom Aldo tá ca gota". O objetivo era contestar as atitudes do arcebispo contra homossexuais, sem terras, mulheres e pessoas vivendo com HIV/Aids.
"A nossa intenção é mostrar a dom Aldo que nós temos força e dizer que ele é muito conservador. Protestamos contra suas atitudes arbitrárias contra o padre Luiz Couto e contra a expulsão de pastorais da terra que ficavam no mosteiro, ele as tirou de lá sem nenhuma discursão. Constatamos então que ele é contra a sociedade e por isso pedimos que ele saia da Paraíba", denunciou a coordenadora nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Cleidiane Santos.
O próximo passo, segundo Cleidiane, é seguir para a praça dos três poderes e tentar marcar uma audiência com o governador José Maranhão (PMDB). Agora é em relação à violação dos direitos humanos das família que foram atingidas pela barragem de Acauã.
"Queremos falar com o governador porque foi ele mesmo quem construiu a barragem. Precisamos chegar em um acordo, porque nenhuma família recebeu idenização, se recebeu foi uma quantia irrisória de R$30. Hoje elas vivem em condições miseráveis. Várias vezes o Ministério Público manda o Estado pagar idenização àquelas famílias, mas eles sempre recorrem. Hoje queremos uma solução", explicou Cleidiane.
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