Três dos detidos da 'Operação Velocidade Limitada II' são liberados

Três dos quatro suspeitos que foram detidos na operação 'Velocidade Limitada II', pela pratica de rachas utilizando motocicletas na BR-230, na Paraíba, foram liberados após pagarem fiança equivalente a dois salários mínimos (R$ 1.576), mas devem responder por posse ilegal de armas. A informação foi repassada nesta segunda-feira (27), durante coletiva de imprensa realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O quarto suspeito detido durante a operação permanece preso e deve responder por porte ilegal de arma e de munição de uso restrito. Os suspeitos ainda podem responder ainda por prática de racha.

De acordo com a assessoria de imprensa da PRF, na manhã desta segunda-feira, o pagamento das fianças dos suspeitos liberados, ocorreu ainda na sexta-feira (24), dia em que a operação aconteceu. Ainda foram apreendidas com os suspeitos, oito motocicletas, três revólveres e diversas munições, inclusive para fuzil de uso restrito. Outras três motos que também estariam sendo utilizadas para a prática de rachas ainda estão sendo procuradas. Segundo a polícia, os quatro suspeito têm entre 30 e 35 anos.

Ainda de acordo com a PRF, as investigações acerca do grupo, titulado de '299', começaram em 2014, após denúncias anônimas realizadas através do 191, telefone de emergência da Polícia Rodoviária Federal. Pelas redes sociais, o grupo de inteligência da PRF encontrou um vasto material audiovisual postados pelos próprios integrantes do grupo de racha.

O título do grupo, o número 299, é uma referência ao limite máximo de registro dos velocímetros das motocicletas. Segundo a polícia, ao atingi-lo e registrá-lo em vídeos, o condutor ganhava prestígio entre os demais integrantes. Ainda de acordo com as investigações, os suspeitos praticavam as corridas ilegais aos domingos entre os quilômetros 45 e 65 da BR-230.

Três, dos onze alvos da operação, já teriam sido detidos pela PRF durante a Operação Semana Santa 2015 na Paraíba, por praticar racha. Na ocasião, um quarto suspeito fugiu após lançar sua motocicleta contra o policial que realizava a abordagem.

A operação Velocidade Limitada II foi dividida em duas fases. Na primeira etapa, na sexta-feira, foram realizados os mandados de busca e apreensão. A segunda, consistiu no monitoramento da rodovia BR-230 com a utilização de radares e patrulhamento aéreo.

Participaram da Operação Velocidade Limitada II, 75 agentes da Polícia Rodoviária Federal, promotores do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado e nove equipes da Polícia Civil. O grupo tinha como objetivo cumprir onze mandados de busca e apreensão. Um helicóptero da PRF também foi usado na operação.

A operação 'Velocidade Limitada' é a segunda edição das ações conjuntas realizadas pela PRF com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual e Polícia Civil e tem o objetivo de deter crimes relacionados a trânsito no estado.

Na sexta-feira (24) quando as primeiras informações acerca das ações do esquema surgiram, a operação teria sido nomeada pelo assessor da PRF, como 'Operação Jaspien', título este utilizado para a mesma finalidade em outros estados do Brasil.