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COTIDIANO

Promotor revela vestígios do caso Aryane e aguarda decisões de juíza

No carro de Luís Neto foi encontrada vegetação similar à do local onde corpo foi encontrado. Pedidos de exumação e prorrogação devem sair ainda nesta terça (18).

Publicado em 18/05/2010 às 11:29

Da Redação

Em entrevista ao Paraíba1 o promotor Alexandre Varandas, do 1º Tribunal do Júri, revelou mais detalhes sobre o inquérito que indiciou o estudante de Direito Luis Paes Neto, de 23 anos, pela morte de Aryane Thaís Carneiro, de 21 anos. Segundo ele, até às 18h desta terça-feira (18) a juíza Ana Flávia de Carvalho Dias Vasconcelos, do 2º Tribunal do Juri, deve se posicionar sobre o pedido de exumação do corpo da estudante e a prorrogação da prisão temporária do acusado do homicídio.

“Já requeri à juíza os dois pedidos e, como o prazo da prisão temporária de Luís Paes termina às 18h desta terça, ela deve decidir sobre os pedidos antes deste horário”, explicou Alexandre Varandas. O suspeito da autoria do crime está detido na carceragem da Central de Polícia em João Pessoa desde 19 de abril.

Exumação

“É na verdade um quebra-cabeça que está sendo desvendado”, revelou o promotor. Como o crime não teve testemunha ocular, são as provas e os vestígios deixados no local e no corpo da vítima que podem ajudar a revelar como o homicídio aconteceu e a sua autoria.

Foi por esse motivo que Alexandre pediu a exumação do corpo. “O inquérito mostrou que a vítima não esboçou nenhum tipo de defesa e pra mim este ponto não ficou claro”, explicou. Ele acredita que o criminoso poderia ter dopado Aryane com algum tipo de substância química, como no golpe 'Boa Noite Cinderela', antes de asfixiá-la por meio de estrangulamento.

Prorrogação

Sobre o pedido de prorrogação da prisão temporária de Luis Paes Neto, o promotor afirmou que está convencido de que foi o estudante de Direito que matou Aryane. Caso a juíza conceda a prorrogação, o acusado pode ficar detido por mais trinta dias.

O Paraíba1 tentou entrar em contato com o advogado de defesa, mas Aluísio Azevedo não atendeu nenhuma de nossas ligações.

Mais provas

Alexandre Varandas revelou que no banco traseiro do carro de Luís Paes Neto foi encontrado um graveto de vegetal similar à grama do local onde o corpo de Aryane foi encontrado.

Ele acredita que o estudante teria desovado o corpo e em seguida entrado no carro pelo banco do passageiro, deixando assim, resquícios da vegetação no veículo.

Caso a juíza acate o pedido do promotor, o resultado dos exames no corpo de Aryane devem sair antes de trinta dias, que seria o prazo da prorrogação da prisão temporária do suspeito do crime.

Imagem

Jornal da Paraíba

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