CULTURA
Mais sombrio, Harry Potter está de volta aos cinemas em JP
"Harry Potter e o Enigma do Príncipe" é o sexto filme da série. Produção tem pré-estréia à meia-noite desta terça-feira (14) em João Pessoa.
Publicado em 14/07/2009 às 8:22
Renato Félix, do Jornal da Paraíba
Tomando um café em Londres, Harry Potter marca um encontro com uma garçonete simpática. Vai ter que deixá-la esperando: seu mentor e diretor da escola de bruxaria em que estuda, Alvo Dumbledore o espera do outro lado da rua com uma missão a cumprir. A moça vai ficar esperando em vão. “Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades”, ele ouviria, se estivesse em um filme do Homem-Aranha.
Mas mesmo em Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Harry Potter and the Half-Blood Prince, Reino Unido/ EUA, 2009, , estreia amanhã em JP e CG, com pré-estreia em JP hoje, à meia-noite), esse é o tom. Harry, o predestinado, o único que sobreviveu ao vilão Voldemort, terá que enfrentar novas provações para salvar a todos.
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Na verdade, o filme mostra a preparação de Harry para o combate final - que aconteceu para valer no último livro da série original (que será dividido nos dois próximos filmes). Em O Enigma do Príncipe, Dumbledore (Michael Gambon, sempre excelente) resolve preparar o jovem bruxo: ele literalmente mergulha em lembranças a respeito da infância de Voldemort (interpretado quando criança por Hero Fiennes-Tiffin, sobrinho de Ralph Fiennes, o Voldemort adulto em outros filmes da série). Ele também precisa convencer o novo professor Horácio Slughorn (Jim Broadbent) a revelar uma lembrança decisiva para que se entenda quem é Voldemort e como destruí-lo.
Ao mesmo tempo, os Comensais da Morte (que são os seguidores de Voldemort) procuram um meio de entrar na escola de bruxaria de Hogwarts. Não são tempos tranquilos, o que é refletido na ambientação e no tom da história. Hogwarts está quase totalmente desprovida do encantamento infantil que era o forte do primeiro filme da série, Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001).
Os personagens principais cresceram desde então e a série acompanhou isso, tornou-se mais complexa. O aspecto sombrio que já ganhava corpo desde O Prisioneiro de Azkaban (2004) agora reina absoluto: a série Harry Potter nunca esteve tão densa.
Agora, Harry e seus dois amigos inseparáveis - Hermione (Emma Watson) e Rony (Rupert Grint) - estão entre 16 e 17 anos. E encontram, no meio de toda esta agitação, tempo para complicações românticas. Rony conquista o coração da pegajosa Lilá Brown (Jessie Cave) e despedaça o de Hermione no processo. E Harry percebe, enfim, a irmã de Rony, Gina (Bonnie Wright) - que gosta dele em segredo desde o segundo filme.
A crítica aprovou o difícil equilíbrio entre aventura, drama juvenil e romance leve. Realmente, Harry Potter e o Enigma do Príncipe pode até se revelar o melhor filme da série - melhor até do que O Prisioneiro de Azkaban, que mantinha o título desde 2004. Mas, aí, o tempo dirá.
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