ECONOMIA
Comércio da PB cresce 16,2%
Estado registrou a terceira maior alta percentual do Nordeste, contabilizando uma receita de R$ 24,3 milhões entre 2010 e 2011.
Publicado em 27/06/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:03
A Paraíba elevou a receita bruta do comércio em 16,2% (R$ 3,4 bilhões), entre 2010 e 2011, e registrou a terceira maior alta percentual entre os estados nordestinos – abaixo de Alagoas (18,2%) e da Bahia (17,7%), mas à frente de economias mais pujantes como Pernambuco (10,6%) e Ceará (9,3%). Os dados são da Pesquisa Anual do Comércio (PAC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e, segundo o estudo, o comércio paraibano contabilizou uma receita de R$ 24,3 bilhões, na análise mais recente, contra as R$ 20,9 bilhões do ano anterior.
De acordo com o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Paraíba (Fecomércio-PB), Marconi Medeiros, os patamares foram alcançados pela elevação do poder de compra do paraibano. “A inclusão das classes C e D foi muito forte no mercado de consumo do Estado e essas pessoas, a partir da elevação da sua renda, compraram mais e impulsionaram o comércio, especialmente, o varejo”, comentou.
O crescimento da receita na Paraíba foi puxado pelo segmento varejista que elevou seus ganhos totais em 18,2% - de R$ 10,4 bilhões (2010) para 12,3 bilhões (2011). Seguindo o varejo aparece o comércio por atacado (alta de 16,8% chegando à receita bruta de R$ 9 bi em 2011).
“A Paraíba é um grande polo para as empresas atacadistas em virtude da sua localização. Devo dizer, inclusive, que é a melhor do país, daí o crescimento. Sobre o varejo, os segmentos de alimentação, calçados, vestuários foram os mais requisitados pelas demandas consumidoras incluídas mais recentemente”, acrescentou.
Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas da Paraíba (FCDL-PB), José Artur Melo de Almeida, alguns fatores contribuíram para este quadro da Paraíba. “Isso pode ter sido fruto da linha de investimento do governo do Estado e também porque crescemos sob uma base pequena, isso pesa no resultado. Neste período também houve maior busca por consumo, principalmente dos consumidores da Classe C”, frisou.
Ainda conforme o levantamento, o número de empresas na Paraíba também cresceu. Ele saiu de 23 mil em 2010 para 26,6 mil no ano seguinte, sendo a maior parte (23,3 mil) do comércio varejista. É este, justamente, aquele que mais emprega no setor.
De um ano para outro, o número de pessoal ocupado no varejo subiu de 77,6 mil para 89 mil – que representa 75,8% do total de 117,4 mil trabalhadores do comércio na Paraíba contabilizados na análise mais recente. O setor pagou o maior montante em salários em 2011 (R$ 735 mi do total de R$ 1,1 bi).
VENDA DE VEÍUCULOS E PEÇAS AUTOMOTIVAS TEVE ALTA DE 11%
De acordo com os resultados da Pesquisa Anual de Comércio (PAC), o comércio de veículos, peças e motocicletas teve alta em sua receita bruta de 11,1%, de 2010 para 2011, chegando ao patamar de R$ 3 bilhões contra os R$ 2,7 bilhões contabilizados no ano anterior.
Pela análise mais recente, de 2011, o setor contabilizou 10,6 mil pessoas ocupadas em 1,7 mil unidades locais no Estado. Em termos de salário, o comércio de veículos elevou em 20% o montante pago em salários entre 2010 e 2011, saindo de R$ 105 milhões para R$ 126 milhões.
Conforme o vice-presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), José Carneiro, este reflexo positivo se baseia na renúncia fiscal por parte do governo federal que contribuiu diretamente para a evolução do setor. “Com relação à folha salarial, em 2011, houve uma ampliação da base de contratação, uma vez que houve o crescimento favorável, o empresário precisou contratar mais”, completou.
Comentários