CULTURA
Histórias de Super-heróis ganham popularidade entre adultos
Histórias vistas como inapropriadas para o público adulto têm se tornado comum após os anos 2000.
Publicado em 10/06/2012 às 8:00
Houve um tempo de censura e 'caça às bruxas' para os quadrinhos. Nos anos 1950, o psiquiatra Fredric Wertham levantava a bandeira que as HQs consumidas pelas crianças alienavam e as tranformavam em delinquentes. Tudo registrado sem comprovações sólidas no seu livro, Seduction of the Innocent (em português, 'Sedução dos Inocentes').
Em termos do universo povoado pelos super-heróis, as questões mais maduras foram colocadas pela dupla Dennis O’Neil (roteiro) e Neal Adams (desenhos) na série Green Lantern / Green Arrow, promovendo uma viagem ao coração dos Estados Unidos, expondo os problemas sociais e raciais do 'American way of life', o utópico estilo de vida norte-americano. Um exemplo é revelar o parceiro mirim do Arqueiro Verde, Ricardito, como um viciado em heroína.
No Brasil, as histórias de Arqueiro Verde / Lanterna Verde foram publicadas nas edições 6 e 7 da série Grandes Clássicos DC (Panini), em 2006.
Em 2002, o roteirista Judd Winick chamou atenção sobre a violência contra os homossexuais na edição de 154 da revista Green Lantern (no Brasil, publicada pela Panini no mix da Liga da Justiça 15, em 2004). A trama envolve o personagem Terry Berg, assistente e amigo gay de Kyle Rayner (o Lanterna Verde na época), que é espancado por uma gangue.
Em 2005, a minissérie Crise de Identidade, escrita pelo romancista Brad Meltzer e desenhada por Rags Morales, envolvia todos os personagens da editora. No enredo, esposa do Homem Elástico é brutalmente assassinada. As suspeitas caem no vilão Dr. Luz, que a estuprou no passado. O abuso é mostrado de forma velada em flashback.
Recentemente, o escritor Brian Michael Bendis colocou um jovem negro de origem hispânica como herdeiro do manto de Homem-Aranha no universo 'alternativo' da Marvel, batizado de Millenium no Brasil.
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