VIDA URBANA
Abacaxi da Paraíba tem alto nível de agrotóxico
Segundo Ministério da Agricultura 30% do abacaxi produzido na Paraíba contém resíduos de agrotóxicos acima do limite permitido.
Publicado em 19/11/2011 às 6:30
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou nesta última quarta-feira o resultado do monitoramento da quantidade de resíduos de agrotóxicos e de contaminantes em 23 produtos de origem vegetal na safra 2010/2011. O relatório indicou a presença de multirresíduos de agrotóxicos em frutas, verduras, legumes e grãos. Do abacaxi produzido na Paraíba e analisado pelo ministério, cerca de 30% continham esses resíduos. Outros produtos consumidos no Estado também podem estar contaminados, com a presença de agrotóxicos acima do limite permitido.
Pimentão, morango, alface, amendoim, laranja, uva, trigo, castanha e pimenta do reino produzidos em diversos Estados brasileiros também apresentaram amostras consideradas insatisfatórias. Esses produtos também podem estar sendo consumidos na Paraíba. “Há uma demanda muito cara para analisar e controlar os alimentos que vêm de outros Estados.
Não temos como fazer essa análise. Se chegam à Paraíba produtos com agrotóxico, não temos como saber”, explicou o gerente operacional de Defesa Vegetal da Secretaria Estadual de Desenvolvimento de Agropecuária e da Pesca, Luiz Carlos de Sá Barros.
O presidente da Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa), José Tavares Sobrinho, também afirmou que não há como fazer uma análise toxicológica dos produtos que vêm de outros estados. “Há um projeto ainda muito inicial de convênio com a Universidade Federal da Paraíba para que possamos fazer essa análise por amostragem, como é feita em Pernambuco”, destacou José Tavares.
Luiz Carlos Barros ainda explicou que a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agropecuário realiza fiscalizações contínuas no Estado. “Faz parte do nosso trabalho de rotina a fiscalização nas produções e no comércio de agrotóxico. Há pouco tempo destruímos uma plantação de pimentão na região de Monteiro devido ao alto grau de agrotóxico”, explicou o engenheiro agrônomo.
Quanto ao abacaxi analisado pelo ministério, ele explicou que as amostras analisadas fazem parte de um universo muito pequeno da produção total do Estado. “Este ano já estivemos nos municípios de Pedras de Fogo, Sapé e Itapororoca orientando os produtores de abacaxi sobre o uso do agrotóxico”, destacou Luiz Carlos. Ele disse que a secretaria já está em entendimentos com o Ministério da Agricultura para incluir a Paraíba nessas análises rotineiras.
Comentários