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VIDA URBANA

Upas: mais de 29 mil atendidos neste ano

Apesar do processo de triagem, número de atendimentos nas UPAs é crescente, chegando a registrar aumento de até 47% na demanda.

Publicado em 20/04/2012 às 6:30


Só no primeiro trimestre deste ano, 29.017 pessoas foram atendidas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), instaladas em João Pessoa e em Santa Rita. Foram 8.285 atendimentos realizados na capital e outros 20.435 na cidade vizinha.

Os números são considerados altos pela direção das unidades, porque o serviço foi criado pelo governo federal com a finalidade de desafogar os hospitais e prestar assistência a pacientes que estão em situação de urgência e emergência e que não precisem de grandes procedimentos cirúrgicos.

No entanto, apesar de fazer essa triagem, as duas unidades já vêm registrando aumento no índice de atendimentos. Na única UPA existente em João Pessoa, criada há menos de quatro meses, o crescimento médio mensal é de 42%. Ela funciona no bairro Jardim Oceania e foi inaugurada pelo governo municipal no dia 21 de dezembro do ano passado e atendeu 157 pessoas nos últimos dias de 2011.

Já em janeiro de 2012, este número subiu para 1.964. No mês seguinte, ocorreu nova alta e 2.672 pessoas foram atendidas, registrando um aumento de 36%. Em março, a quantidade aumentou em mais 47% em relação a fevereiro e chegou aos 3.946 registros.

Apesar do mês de abril ainda não ter terminado, tudo indica que será computado novo crescimento. Até o último dia 18, a UPA já tinha atendido 2.394 pacientes, um percentual de quase 60% de todos os atendimentos feitos em março.

Segundo a diretora da UPA, Anne Helga, a equipe é composta por 198 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, maqueiros e equipes administrativas e de apoio. Os especialistas atuam em regime de plantão, já que o local funciona de forma ininterrupta.

Anne explica que o atendimento é feito após uma triagem. Na entrada da UPA, os pacientes são recepcionados por uma equipe de enfermeiros e assistentes sociais que fazem uma prévia avaliação do caso. As pessoas que apresentam problemas de saúde que não são de urgência ou emergência são direcionadas para o Serviço Social. Lá, as assistentes sociais as encaminham para a unidade do Programa de Saúde da Família (PSF).

“Já nos casos em que há urgência ou emergência, fazemos os primeiros atendimentos e procuramos vagas nos hospitais para encaminhar os pacientes, caso eles precisem de outros procedimentos médicos ou internações, porque não temos espaço para fazer internações aqui”, detalhou a diretora.

A triagem na recepção repercute diretamente na agilidade do atendimento. “Não esperei muito para ser atendido. Assim que cheguei, falei com a enfermeira e fui encaminhado para falar com a médica. Achei o serviço rápido, porque já esperei até por duas horas para ser atendido em um hospital, aqui em João Pessoa.

Aqui, não demorou cinco minutos”, disse o estudante Anderson Martins de Souza, 21 anos, que chegou à UPA sentindo febre, dores pelo corpo e mal-estar.

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Jornal da Paraíba

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