CULTURA
Lenine faz show 4.1
Inédito na Paraíba, o show ‘Chão’ é projetado para quatro canais separados; repertório contempla, sobretudo, o álbum Chão, de 2011.
Publicado em 30/07/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:40
Este é um ano especial para Lenine, um ano de muitas comemorações. São 30 anos de carreira, cujo marco inaugural é o disco Baque Solto (abordado na edição do último domingo), dele e de Lula Queiroga, além de 20 anos de Olho de Peixe, emblemática parceria com Marcos Suzano. Na conta também entram os 15 anos de O Dia em Que Faremos Contato, completados em 2012.
“Tenho comemorado de 30 maneiras diferentes”, brinca Lenine, por telefone, em referência a suas três décadas de carreira. Hoje, uma dessas “30 maneiras” será apresentada no palco do teatro Severino Cabral, em Campina Grande. Coroando a programação do Festival de Inverno, o pernambucano de raízes paraibanas se apresenta, com banda, a partir das 21h, com ingressos a R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia).
Inédito na Paraíba, o show ‘Chão’ é quadrifônico, ou seja, é projetado para quatro canais separados – e não para os tradicionais dois –, produzindo um efeito surround no teatro parecido com o que muita gente obtém em um home-theater caseiro. E tudo é feito ao vivo por Lenine, Bruno Giorgi e JR Tostoi.
“O show ‘Chão’ tem essas características que o difere de todos os trabalhos que eu já fiz: essa coisa de ser quadrifônico, de não ter bateria, nem percussão, e de eu poder transitar num relevo sonoro diferente e propiciar, para quem assiste (o show), um mergulho sonoro em que você fica envolto pelas caixas de som”, comenta Lenine.
Ele afirma que a ferramenta quadrifônica é condição sine qua non para que 'Chão' aconteça no palco. “A gente brinca com o eixo desse som: hora é de trás pra frente, hora é de um lado pra outro, hora é em ‘X’, hora em cruz”, explica. “Propicia, para quem assiste, uma experiência sensorial. É como se você estivesse numa boa sala de cinema”, enfatiza.
A espacialidade do som, conta Lenine, muda de show para show. “Esse exercício, em que a gente muda o eixo musical o tempo todo, e ao bel prazer, nos permitiu, no 'Chão', ao vivo, testar isso de diferentes maneiras. De dia pra dia, muda, porque os loops são feitos em tempo real. Isso resulta em uma liberdade sonora muito bacana”.
O repertório contempla, sobretudo, o álbum Chão, lançado em 2011 e que foi gravado com efeito binaural, proporcionando a quem o ouve com fones de ouvido, ou com bom equipamento de som, efeitos sonoros espaciais.
Mas grandes sucessos como ‘Jack soul brasileiro’ (Lenine), ‘Leão do Norte’ (Lenine/Paulo César Pinheiro) e ‘Paciência’ (Lenine/Dudu Falcão) também não devem ficar de fora, e todas elas dentro dessa concepção quadrifônica.
No dia 31 de agosto, Lenine volta à Paraíba, dessa vez para subir ao palco do ‘Caminhos do Frio’ na cidade de Alagoa Grande, terra de uma de suas grandes influências, Jackson do Pandeiro (1919-1982). O show de lá, adianta Lenine, será voz-e-violão e o repertório irá passear por músicas de todos os discos.
DANÇA E MÚSICA
Além de Lenine, a penúltima noite da 38ª edição do Festival de Inverno de Campina Grande terá outras atrações.
No palco armado na Praça da Bandeira, às 11h, haverá show do músico campinese Túlio Portuarelli. Já às 17h, a atração é o espetáculo ‘Repente’, da Lamira Cia. de Dança (TO). Na sequência, por volta das 18h, é a vez do Boy Jazz subir ao palco da Praça da Bandeira.
Já a Cia. Fatima Ribeiro comparece com o espetáculo ‘Boca da Rua’ no presídio Serrotão, às 15h, dentro do projeto ‘Cultura no Presídio’, coordenado pela professora Eneida Agra Maracajá desde 1995.
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