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COTIDIANO

Malote para golpista

Gerente de uma agência dos Correios, em Caaporã, caiu em golpe de falso sequestro e entregou malote com dinheiro para golpistas.

Publicado em 13/06/2012 às 6:00

O gerente da agência dos Correios da cidade de Caaporã, litoral sul do Estado, foi vítima de um golpe sobre um falso sequestro no início da manhã de ontem. De acordo com a polícia, após ser informado de que a família estaria em poder de homens armados, o funcionário entregou ao suposto sequestrador a quantia de R$ 26 mil pelo resgate.

Segundo o delegado Francisco Basílio, responsável pela Delegacia de Roubos e Furtos de João Pessoa, o gerente dos Correios foi abordado por um homem armado em uma das ruas de um bairro da zona sul da capital. “Ele disse que o homem fez ameaças e disse que tinha sequestrado toda a família dele. O gerente não avisou a polícia e foi sozinho até os Correios de Caaporã para pegar o dinheiro”, explicou.

Ainda de acordo com o delegado, a quantia negociada pelo falso sequestro pertence à agência dos Correios de Caaporã e o malote com o dinheiro foi entregue a um outro homem ainda durante a manhã, no terminal de integração da capital.

“O estranho é que a vítima agiu sozinha e só prestou queixa após ter entregue o dinheiro. Nós descobrimos que o sequestro era falso e que tudo não passou de um golpe”, informou o delegado Francisco Basílio. A polícia ainda não tem pista dos bandidos.

Francisco Basílio disse ainda que vai repassar o caso à Polícia Federal. A assessoria de comunicação dos Correios não quis se pronunciar sobre o caso e informou que a empresa está apurando as informações.

ALERTA
Em caso real de sequestro, a atuação da polícia geralmente é realizada por meio dos agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil. Os policiais advertem que os principais golpes sobre falsos sequestros acontecem devido ao desconhecimento das vítimas em repassar informações particulares a estranhos.

De acordo com o delegado do GOE, Thiago de Vasconcelos Sandes, os golpistas geralmente ‘monitoram’ a rotina das possíveis vítimas e atuam por meio de telefonemas com ameaças. “Os casos mais comuns são de golpes por meio de telefonemas nas primeiras horas da manhã, durante a noite ou quando os golpistas sabem que a pessoa não está com a família.

Então, se alguém desconhecido ligar para o seu celular, não passe informações particulares”, reforça.

O delegado alerta ainda que a vítima deve chamar a polícia e nunca tomar iniciativa de negociar com os golpistas sozinha.

Imagem

Jornal da Paraíba

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