VIDA URBANA
Hospital de Patos não tem médico plantonista
Médicos de Patos exigem equiparação salarial com João Pessoa e Campina Grande; população está sem atendimento desde sábado.
Publicado em 19/06/2012 às 6:00
Desde o último sábado, a população de Patos, no Sertão paraibano, vem encontrando dificuldades para receber atendimento no Hospital Regional da cidade. Os médicos plantonistas entregaram seus plantões extras exigindo equiparação salarial com os mesmos profissionais de Campina Grande e João Pessoa. Além disso, os substitutos vindos do Rio de Janeiro, contratados pelo governo do Estado, só estão atendendo até a sexta-feira, o que tem causado prejuízos para as pessoas que continuaram sem atendimento também durante todo o dia de ontem.
A situação piorou quando os médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) lavraram boletim de ocorrência na polícia se resguardando a qualquer possível ocorrência, já que eles não podem levar os pacientes para o Regional de Patos.
A diretora interina do Hospital, Sílvia Ximenes, preferiu não conceder entrevista, e limitou-se a afirmar que fará um levantamento do quadro funcional do local, mas não deu nenhuma perspectiva de solução.
De acordo com Legivânia Lucena, dona de casa que foi até o local à procura de atendimento para um parente, os técnicos e profissionais de enfermagem estão realizando normalmente o atendimento, contudo, sem médicos não há a possibilidade de alguns pacientes serem liberados ou até mesmo outros serem atendidos, já que é necessário a presença de um médico para que determinados procedimentos sejam realizados.
“Eu fui até a diretoria e questionei por que não tem médico para atender a população. A gente vem para cá, precisa de atenção e está sem atendimento”, disse Legivânia. Outro que denunciou a situação foi Hugo Furtado, que reclamou da falta de atendimento.
“A gente não pode ficar parado. Aqui só tem enfermeiro, mas que só aplica uma medicação mediante a prescrição de um médico, e ao final de tudo a gente fica sem atendimento”, afirmou.
A direção do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM) se reuniu na manhã de ontem para tratar o assunto e facilitar um entendimento entre a classe médica e a Secretaria de Saúde do Estado. De acordo com Roberto Magliano de Morais, primeiro secretário do CRM, a saída no momento é encontrar uma alternativa para que a população não continue desassistida.
“Tomamos conhecimento da situação e precisamos saber quais as medidas que o secretário de Saúde irá tomar. Temos uma audiência hoje para saber quais são as providências que serão tomadas”, disse.
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