icon search
icon search
home icon Home > cotidiano
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

COTIDIANO

Após quase 4 horas, acaba reconstituição da queda em Guarulhos

Após quase quatro horas de trabalho, peritos refizeram nesta sexta-feira (28) os últimos momentos da operadora de caixa Andréia Cristina Nóbrega Bezerra.

Publicado em 28/11/2008 às 14:40

Da Redação

Após quase quatro horas de trabalho, peritos refizeram nesta sexta-feira (28) os últimos momentos da operadora de caixa Andréia Cristina Nóbrega Bezerra, de 31 anos, morta dia 18 ao cair do 3º andar do prédio onde morava em Guarulhos, na Grande São Paulo. O filho dela, de 6 anos, também despencou da mesma janela, mas sobreviveu.

O trabalho dos peritos da Polícia Técnico-Científica começou por volta de 9h30 desta sexta-feira (28) e terminou perto de 13h. Além da imprensa, que foi ao local, curiosos acompanharam de longe a reprodução simulada (como a perícia chama a reconstituição de um crime).

Nas quase quatro horas de simulação, dois momentos importantes foram encenados: o da queda de Andréia e o resgate do filho dela. A mulher caiu no chão e o menino na marquise do edifício.

Para a Polícia Civil, a queda não foi acidental. A investigação trata o caso como um crime de assassinato contra a mulher e tentativa de homicídio contra a criança. O cantor de pagode Evandro Correia, 35, ex-marido da vítima e pai do menino, é considerado o principal suspeito de provocar a queda dos dois. Segundo a investigação, houve uma discussão no apartamento e, com medo, a mulher pegou filho no colo e se jogou.

O garoto, que sofreu fratura do maxilar e se recupera na casa da avó, não participou da encenação e foi representado por um boneco. Uma policial fez o papel de Andréia e um investigador se passou por Evandro.

Durante os trabalhos, os peritos usaram fita métrica para calcular a altura das duas quedas. Também filmaram e fotografaram a parede do prédio de cinco andares. Em seguida, fizeram marcas com giz no local.

Com a ausência do cantor, que está foragido desde a decretação da sua prisão temporária pela Justiça, a simulação do crime levou em conta informações obtidas pela investigação da polícia, como os depoimentos. Um deles é da menino que caiu. Ele afirmou que o pai pegou uma faca e cortou a mangueira do butijão de gás. Para os investigadores, isso levou a mãe a pegar o garoto e saltar da janela.

O zelador e testemunhas também participaram da reconstituição. Uma pessoa chegou a ver a queda, outra assistiu o pagodeiro fugir num carro. Essas passagens também foram encenadas pela perícia, que terá um prazo para concluir o laudo sobre a cena do crime que a polícia investiga.

Inquérito

Após a reconstituição, o delegado que apura o caso, Cristiano Engel, disse que pretende finalizar o inquérito na semana que vem. Depois, afirmou irá pedir a prisão preventiva de Evandro.

"Se ele não se entregar, vou indicia-lo indiretamente por homicídio e tentativa de homicídio", contou Engel, que acompanhou a perícia no edifício onde Andréia morava com o filho, no bairro Jardim Santa Mena.

O delegado reforçou que a polícia trabalha com a versão dada pelo garoto: de que houve discussão entre o casal, Correia se armou com uma faca, cortou a mangueira do botijão de gás e, com medo, a mulher se jogou da janela do 3º andar com o menino. "Não há prova de que ele tenha empurrado os dois", disse o delegado. Mesmo assim, no entendimento dos policiais que participam da investigação, o pagodeiro assumiu o risco da morte deles.

Defesa

A defesa do pagodeiro vai entrar com habeas corpus ainda nesta sexta-feira para tentar revogar a prisão temporária decretada pela Justiça.

"A prisão antecipada seria uma apenação porque, em um determinado momento, ele pode ser absolvido. Estamos no calor dos fatos ainda", disse o advogado Sebastião Cavalcante, que representa o músico e acompanha a reconstituição.

A versão do advogado, segundo relatos de Correia, é de que Andréia cortou a mangueira do gás e, depois, em uma atitude "transloucada", se jogou com o filho pela janela da sala. Para ele, é preciso cautela em levar em conta o depoimento do menino, dado na quarta-feira. "É muito difícil ele entender. O problema é não saber efetivamente o que estava acontecendo".

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp