VIDA URBANA
Obras da transposição
Texto com 14 indicações para que os serviços paralisados em sete dos 16 lotes possam ser reiniciados, foi entregue no Senado Federal.
Publicado em 22/11/2012 às 6:00
Após a visita em cidades do Sertão da Paraíba inclusas nas obras de transposição das águas do rio São Francisco, realizada entre os dias 4 e 7 no último mês de setembro e que percorreu cerca de 1.900 quilômetros, a Comitiva da Assembleia Legislativa da Paraíba produziu um relatório de sugestões que foi entregue ontem no Senado Federal, em Brasília. O texto contém 14 indicações para que os serviços que estão paralisados em sete dos 16 lotes possam ser reiniciados.
Como a Paraíba tem 54 municípios que serão atendidos com a execução da obra através do aumento da garantia da oferta de água dos açudes Epitácio Pessoa, Acauã, Engenho Ávidos, Coremas e Mãe D'água, a comitiva mostrou-se preocupada já que os serviços nos Eixos Leste, na cidade de São José de Piranhas, e Norte, em Monteiro, deveriam ser concluídos em julho de 2010, o que não aconteceu, e em dezembro de 2012, que está atrasado.
De acordo com o deputado Francisco de Assis Quintans, este relatório não tem qualquer sentimento negativo em relação à obra, uma vez que a comitiva continua acreditando que esta é a maior construção hídrica do Hemisfério Sul e pode solucionar de vez a crise de água no Sertão do estado. Contudo, ele pede pressa para que os serviços nos lotes que estão paralisados sejam retomados para que o cronograma da transposição não sofra mais atrasos.
Entre as sugestões que foram apresentadas aos senadores estão: a criação de um Grupo de Trabalho Multidisciplinar para estudar problemas ambientais, agilizar as ações relativas ao Projeto Básico Ambiental (PBA) nos 54 municípios contemplados, desenvolver estudo para utilização das águas dos açudes que receberão águas do Rio São Francisco, adotar o tratamento de esgoto sanitários nas cidades beneficiadas, definição da ocupação ou não das margens do rio, definir os pontos de retirada d’água, além de definir uma política de tratamento e destinação de resíduos sólidos, entre outros.
Com essas medidas a Comissão espera que o próximo passo, a definição do Plano de Trabalho que será instituído na quarta-feira da semana que vem, possa acelerar o processo de retomada da obra, uma vez que o relatório identificou que ela não está paralisada em sua totalidade, mas encontra-se em uma situação de alerta.
"Nós observamos que tanto no Eixo Norte quanto no Eixo Leste, as obras não estão totalmente paradas. Mas, há um fato preocupante: os trechos de canais que já estão prontos vão ficar sem utilização por mais três ou quatro anos, portanto, com graves riscos de deterioração. Não podemos continuar a conviver com milhões e milhões de reais gastos em projetos que somente irão entrar em operação 15 ou 20 anos depois de iniciados", cobrou Quintans.
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