POLÍTICA
Gominho defende diminuição de policiais cedidos na PB
Secretário de Segurança Pública soltou o verbo na manhã desta quinta-feira (7) ao falar sobre a situação da Polícia Militar da Paraíba.
Publicado em 07/05/2009 às 15:43
Phelipe Caldas
O secretário de Segurança Pública do Governo da Paraíba, Gustavo Gominho, soltou o verbo na manhã desta quinta-feira (7) ao falar sobre a situação da Polícia Militar da Paraíba. Ele disse que atualmente a PM cede 800 homens apenas para a segurança de órgãos públicos como Assembleia Legislativa, Ministério Público e Tribunal de Justiça, e outros dois mil homens para os presídios estaduais.
Segundo ele, isto se configura num “grave desvio de função” que atrapalha o trabalho de prevenção do crime e da manutenção da ordem pública. “Isto é um absurdo que vem do governo anterior e que só será solucionado quando forem realizados concursos públicos”, destacou.
Ainda de acordo com Gominho, sobram apenas quatro mil policiais para proteger as ruas dos 223 municípios paraibanos, e isto mesmo dividido em quatro grupos distintos, a fim de respeitar as escalas de plantões e folgas.
“Hoje a Paraíba tem apenas mil policiais de cada vez nas ruas. É um número extremamente baixo, que simplesmente não é suficiente para manter o Estado seguro. Precisamos inicialmente de novos concursos e de trazer de voltar estes homens cedidos”, frisou.
Além de concurso para a PM, para aumentar o efetivo, Gominho defende a urgente nomeação dos aprovados no concurso de agente penitenciário, para assim permitir que os policiais voltem às suas funções de origem.
Entrando ainda mais na polêmica, Gominho ressaltou que “policial não é robô” e que não tem como fazer milagres. “Eu só resolvo isto se comprar um machado para partir em dois cada policial e assim dobrar o efetivo”, disparou.
Sobre a frota de carros da PM, ele disse que os carros da instituição são ainda dos governos Maranhão I e II e que eles se encontram acabados, em total estado de abandono. “O problema é tão grave, que vários municípios da Paraíba não tem nem mesmo uma viatura funcionando”, lamentou.
“Algo precisa ser feito urgentemente para acabar com o caos existente atualmente”, concluiu.
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