POLÍTICA
Promotor entrega Aije que acusa Felipe Leitão de crime eleitoral
Na Aije, Amadeus Lopes responsabilizou Felipe Leitão por captação ilícita de recursos e por compra de voto, crimes previstos nos artigos.
Publicado em 21/11/2008 às 13:21
Da Redação
O promotor Amadeus Lopes, da 64ª Zona Eleitoral, entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) nesta sexta-feira (21), para que sejam apurados os crimes de captação ilícita de recursos e de compra de voto, supostamente cometidos pelo vereador recém-eleito Felipe Leitão (PRP). Na Aije, Amadeus Lopes responsabilizou Felipe Leitão por captação ilícita de recursos e por compra de voto, crimes previstos nos artigos 30-A e 41-A da Lei 9.504/97.
O promotor afirmou que durante a coleta de informações sobre o caso, o que mais o impressionou foi a sofisticação do esquema no sentido de proteger Felipe Leitão. “Passei mais de quinze dias tentando desvendar o quebra-cabeça dos depoimentos colhidos”, disse o promotor.
Segundo Amadeus Lopes, no depoimento de Iomar Rodrigues, o Votinho de Ouro, em momento algum Felipe Leitão foi citado, e que a ação foi elaborada a partir de indícios colhidos durante os depoimentos. Iomar teria dito que estava trabalhando para Lamarck Leitão, primo de Felipe, que também era candidato a vereador. Já Lamarck, teria dito que conhece Iomar desde 2006 quando ele trabalhou na campanha de Mikika e teria admitido que tentou contratar os serviços de Iomar, mas quando descobriu o esquema teria desistido.
Segundo Amadeus Lopes, “Votinho de Ouro” teria prestado os mesmos serviços ao pai de Felipe Leitão, Mikika Leitão, e teria arrecadado mais de cinco mil votos para ele. Felipe Leitão deverá ser notificado para apresentar sua defesa.
O promotor explicou que Lamark não foi denunciado nesta Aije porque nenhuma das pessoas ouvidas, entre líderes de comunidades e pessoas que teriam vendido o voto, citou Lamarck ou sequer afirmou que o conhecia. Iomar e Lamarck deverão ser denunciados por corrupção eleitoral ativa e formação de quadrilha.
Felipe Leitão foi denunciado por moradores de uma comunidade da Capital após aplicar um suposto “calote”. Juntamente com “Votinho de Ouro”, eles teriam armado um esquema de compra de votos em várias comunidades mas não teriam pago o valor de R$ 70 prometido aos eleitores nem os R$ 200 prometidos a lideranças que conseguissem mobilizar eleitores.
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