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CULTURA

O valor da arte

O Tubarão de 12 Milhões de Dólares aborda os bastidores dos leilões.

Publicado em 19/06/2012 às 8:00


A cada leilão das casas Sotheby's ou Christies's, valores milionários são alcançados na venda de obras de arte, como o recente recorde de US$ 119 milhões (R$ 244 milhões) para a pintura O Grito, de Edvard Munch.

Como se chegam a essas cifras pode ser difícil de compreender, mas o livro O Tubarão de 12 Milhões de Dólares (Bei, 408 págs., R$ 65), de Don Thompson, é um boa tentativa.

A publicação parte de um outro recorde na área: a venda de The Physical Impossibility of Death in the Mind of Someone Living (a impossibilidade física da morte na mente de alguém vivo), um tubarão num tanque de formol, do inglês Damien Hirst, por US$ 12 milhões, em 2004.

No livro, Thompson usa o caso para analisar os negócios da arte com uma terminologia recorrente do mercado de luxo: a marca.

Para ele, o preço foi conseguido porque o galerista Larry Gagosian intermediou a venda da peça, então pertencente ao colecionador Charles Saatchi.

Os nomes, por sua importância, viram marcas e agregam valor à obra: Gagosian é o galerista mais influente da atualidade, e Saatchi, o colecionador mais importante do Reino Unido. Graças a essa lógica, o mercado de arte usa as "marcas" para alavancar o preço de uma obra, que, por si só, não alcançaria grande valor.

Uma peça como a de Hirst, analisa o autor, é um mero tubarão empalhado, pelo qual o artista pagou cerca de US$ 10 mil (R$ 20 mil), em 1991.

Contudo o melhor do livro são as histórias de bastidores das casas de leilão e do cotidiano das galerias.

O autor analisa o sistema a partir de depoimentos e da sua vivência, já que, além de economista, ele se apresenta como colecionador.

Em alguns momentos, suas opiniões beiram o comum. Como quando afirma que as feiras de arte são "um tipo de experiência parecida com a de um shopping center".

Mesmo assim, o livro traça um bom panorama do mundo artístico. É apenas necessário ter em mente que o mercado de arte não tem nada a ver com arte.

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Jornal da Paraíba

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