Cinco pessoas são presas por suspeita de compra de votos

Duas operações realizadas no Sertão do Estado para coibir crimes eleitorais resultaram na apreensão de R$ 19,7 mil e na prisão de cinco suspeitos de compra de votos. No município de Jericó, o irmão e um sobrinho do candidato a prefeito Claudeeide de Oliveira Melo (DEM) foram detidos com R$ 11,1 mil e listas com nomes de eleitores. Já em Patos, a Polícia Militar prendeu três em flagrante com R$ 8,6 mil e material de campanha durante Blitz no bairro do Jatobá.

A operação em Jerico foi coordenada pelo juiz da 36ª Zona Eleitoral Anyfrancis Araújo. Juntamente com equipes das polícias Federal e Militar, o magistrado percorreu a zona rural da cidade para investigar denúncias de compra de votos. “Foi lavrado o flagrante e existe uma farta prova material, com dinheiro, listas com nomes de pessoas e até uma pesquisa eleitoral para o mapeamento das áreas onde o candidato poderia ter menos votos. Agora o caso será acompanhado pelo Ministério Público”, afirmou o magistrado.

O agropecuarista Azueide Oliveira, irmão do candidato, e o sobrinho dele Eduilton de Oliveira Galvão, foram encaminhados à 8ª Delegacia Distrital de Catolé do Rocha, onde foram ouvidos e liberados ontem após pagamento de fiança. Eles poderão responder a inquérito por crime eleitoral assim que o Ministério Público apresentar denúncia. A prisão aconteceu por volta das 11h30 da última sexta no sítio Fortuna, zona rural de Jericó.

Já em Patos, o flagrante aconteceu na noite da última sexta, quando três homens foram flagrados com R$ 8,6 mil em espécie, vários 'santinhos' com propaganda de candidatos e dois estojos de munição deflagrada calibre 38. O material estava no porta-luvas do veículo Prisma onde o trio estava. Os acusados foram encaminhados à delegacia da Polícia Federal de Patos, onde prestaram depoimento e foram liberados após pagamento de fiança.

Entre os detidos estão Eriosmar Ferreira Lucena, 50 anos, e Evandro Nunes Costa, de 27 anos. O nome do terceiro suspeito não foi revelado. Pelo material encontrado, a suspeita é de que o grupo atuava na campanha de um vereador de Patos candidato à reeleição, mas o nome do parlamentar também não foi confirmado pela polícia. (Colaborou Damião Lucena)