VIDA URBANA
Câncer pode atingir 7 mil na PB
Tumores de pele serão os de maior incidência na Paraíba segundo o Inca; doença vai atingir 2.070 habitantes, conforme estimativas.
Publicado em 05/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 21/06/2023 às 13:12
Até dezembro de 2015, a Paraíba deverá confirmar 7.630 novos diagnósticos de tumores malignos, segundo estimativas divulgadas ontem pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). A quantidade é a quarta maior do Nordeste, atrás apenas da Bahia (23.410), Ceará (20.080) e Pernambuco (20.070). Dos casos previstos, 3.650 acometerão homens e outros 3.970, mulheres. Só em João Pessoa, a expectativa é que ocorram 1.750 registros, sendo 780 em pacientes masculinos e 970 em pessoas do sexo feminino.
Os tumores de pele chamados de não melanoma serão os de maior incidência na Paraíba. Segundo o Inca, a doença vai atingir 2.070 habitantes. Na sequência, o tumor que deverá fazer mais vítimas será o de próstata. A estimativa é que 930 homens desenvolvam a patologia na Paraíba.
No Nordeste, a localidade que deverá contabilizar menor quantidade de câncer será Sergipe. A previsão é que 3.790 moradores do local tenham a doença até 2015. Na sequência, aparecem Alagoas (4.350), Maranhão (7.120) e Rio Grande do Norte (7.060). Em todas as regiões do Brasil, a estimativa é que ocorram 576.580 diagnósticos. Os homens serão as maiores vítimas, com 302.350 casos.
Apesar da estimativa ser oficial, o médico cancerologista e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clinica, seção Nordeste, Marcos Aurélio Fonseca Magalhães, explicou que a população pode adotar cuidados para evitar que os números sejam confirmados. Ele lembrou que a doença é causada, principalmente, por má alimentação e uso do cigarro e de bebida alcoólica. Além do estilo de vida, outro fator que torna as pessoas vulneráveis a desenvolver tumores é o envelhecimento.
O especialista explica que, quanto maior for a expectativa de vida de uma população, maior será a incidência de câncer. Mas isso não quer dizer que envelhecer seja uma sentença de câncer.
“Essa possibilidade pode ser mudada com cuidados com a saúde. Muita gente me procura, com medo do câncer. São pessoas sedentárias, com sobrepeso e com alimentação rica em sal e açúcar. São pessoas que dormem pouco e têm vida estressada. É preciso mudar isso”, recomenda.
O médico alerta que ninguém está imune ao câncer. Qualquer pessoa que apresente fatores de risco pode desenvolver tumores malignos. Por isso, é preciso ficar alerta aos primeiros sinais no organismo. “Quem tiver casos de câncer da família deve ficar atento a este determinado tipo de câncer. Exames podem ser feitos para detectar o início da doença, mas tudo vai depender da faixa etária e do sexo do paciente”, afirmou.
ASSISTÊNCIA NA PARAÍBA
Na Paraíba, o tratamento do câncer é realizado atualmente no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, e na Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande. Uma terceira unidade está em construção na cidade de Patos.
Além disso, o Governo do Estado ampliou as instalações do Centro de Diagnóstico do Câncer (CDC), que funciona na capital.
As três unidades de saúde que já estão em funcionamento dispõem de profissionais e de estrutura para fazer diagnóstico, tratamento e controle da patologia, como explica a gerente Executiva de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Patrícia Assunção.
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