POLÍTICA
Nivaldo Manoel critica presidente do PPS e o chama de centralizador
Deputado chama presidente do partido, José Bernardino, de duro e diz que não houve consulta aos partidários para indicar nomes do PPS na gestão de Ricardo.
Publicado em 12/02/2009 às 14:57
Phelipe Caldas
O deputado estadual Nivaldo Manoel (PPS) criticou nesta quinta-feira (12), em entrevista ao programa Paraíba Agora, da rádio 101 FM, o presidente estadual de seu partido, José Bernardino, que segundo ele é centralizador e não dá espaço para que os outros filiados se manifestem. Nivaldo disse que Bernardino tenta proibir que os colegas de partido falem em nome do PPS e alerta que foi ele quem sozinho repassou todos os cargos da sigla na Gestão Ricardo Coutinho.
Nivaldo Manoel lembra que é vice-presidente estadual da legenda, mas que mesmo assim sofre sanções de José Bernardino. Ele lembra de um episódio ocorrido algum tempo atrás, no aeroporto de Brasília, quando sofreu uma retaliação de Bernardino por ter dado entrevistas à imprensa paraibana em que colocava seu nome à disposição para ser candidato a prefeito de João Pessoa.
“Eu disse à imprensa por telefone que deixava meu nome à disposição do partido para ser candidato à Prefeitura de João Pessoa, mas ele não gostou, porque já tinha se comprometido a apoiar Ricardo Coutinho. Ele gritou comigo e fez uma cena no próprio aeroporto. Mas eu sou um homem que teme a Deus e não fiz nada. Fiquei calado e não briguei com ele”, relata.
Sobre a questão dos cargos municipais de João Pessoa, Nivaldo disse que José Bernardino não consultou ninguém na hora de indicar os nomes do PPS que integrariam a gestão do prefeito pessoense.
“Sou o vice-presidente do PPS, mas mesmo assim a transparência ainda não chegou até mim. Porque não sei quantos são os cargos do PPS nem quem os ocuparam”, lamenta.
O parlamentar, ainda sobre o presidente de seu partido, disse que se tratava de uma pessoa “esclarecida e inteligente”, mas ponderou que era também “duro e violento”. “Não tenho nada contra ele, mas para evitar confusão eu acabo muitas vezes me omitindo”, admitiu.
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