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VIDA URBANA

Prefeitura vai apurar existência de caixa dois na venda de lotes de cemitério

Novo diretor do Cemitério São João Batista, na cidade de Sousa, informou que recebeu denúncias da existência de "caixa dois" na venda de lotes.

Publicado em 11/01/2009 às 16:27

Da Redação
Com Geroge Wagner

O novo diretor do Cemitério São João Batista, na cidade de Sousa, Reginaldo Estrela, informou que recebeu denúncias da existência de "caixa dois" na venda de lotes. Teriam sido vendidos mais de duzentos terrenos irregulares. Segundo as denúncias, o dinheiro da venda dos lotes, cerca de 60 mil reais nos últimos anos, não passava pela contabilidade da Prefeitura e era pagodiretamente ao ex-diretor do cemitério.

Reginaldo afirmou que foram vendidos, durante a gestão do ex-prefeito Salomão Gadelha (PMDB), lotes nas proximidades do Cruzeiro, local que seria destinado às missas e até no meio das avenidas que cortam o cemitério, “tem uma área que é próxima ao cruzeiro que é irregular a venda de terrenos lá, porque não existe nem quadra e nem lotes e a área foi reservada para construção de uma praça para as celebrações de missas”, contou.

O novo administrador disse que os “clientes que compraram os terrenos garantiram que pagaram ao ex-diretor. Muitos chegaram com o contrato de concessão do terreno, mostrando que foi acordo firmado entre a diretoria e o cliente e todos informam que pagaram o dinheiro ao ex-diretor”.

Ele revelou que a estimativa é de que mais de 200 terrenos tenham sido vendidos irregularmente e se o túmulo já foi construído e há alguém enterrado, mesmo que em lugar irregular, não vamos poder mexer. "Nos terrenos que não tem ninguém enterrado, estamos pedindo o comparecimento dos donos nosetor jurídico da Prefeitura e a Secretaria de Planejamento”.

O correto, segundo Estrela, seria que após a firmação do contrato de concessão do terreno, o diretor mandasse o cliente para a Prefeitura e para o setor de planejamento, que mandaria dois fiscais medirem o terreno no cemitério e saber a localização. Depois o cliente iria para o setor de tributação que emitiria nota fiscal para o pagamento ser efetuado na tesouraria ou no banco.O caso foi entregue ao departamento jurídico da Prefeitura que vai investigar as denúncias da existência do desvio.

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Jornal da Paraíba

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