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ECONOMIA

Caprinocultores sofrem com perdas

Além dos efeitos da seca, caprinocultores estão precisando conviver com o atraso de três meses do pagamento do Programa do Leite.

Publicado em 12/07/2012 às 6:00


Os efeitos da estiagem no Cariri paraibano já estão ocasionando a redução de 40% na produção de leite nesta região do Estado.

Com mais de mil famílias ocupadas com a criação de cabras, o Cariri é conhecido como a área de maior produção de leite de cabra da América Latina, chegando a produzir 500 mil litros por mês.

Além dos efeitos da seca, os caprinocultores da região, segundo a Associação dos Caprinocultores da cidade de Cabaceiras, estão precisando conviver ainda com o atraso de três meses do pagamento do Programa do Leite da Paraíba.

O presidente da associação, Henri Daniel, afirmou que diferente da produção de leite de vaca, que além da inserção no programa estadual ainda pode ser comercializado com empresas e consumidores avulsos, o leite de cabra resume-se apenas à participação para a venda estatal, e que com o atraso do pagamento do Programa do Leite, muitos criadores já começaram a vender seus animais para começar a pagar as dívidas que acabaram acumulando nos últimos três meses. Mesmo o litro de leite custando R$ 1,82, sem o pagamento por parte do Estado, a produção está ameaçada.

“O que temos visto é uma situação muito difícil para os produtores. Em Cabaceiras, uma usina trabalha para produtores de três cidades, e juntos, os criadores têm tido um prejuízo de cerca de R$ 27 mil. Antes nós chegávamos a produzir 1.600 litros de leite por dia. Hoje esta marca está em 700. Dessa forma, muitos estão começando a vender seus animais para pagar a ração que foi comprada, ou estão colocando os animais no campo, o que não resolve porque a seca foi muito grande”, disse.

A saída de levar os animais para o campo pode oferecer um paliativo para os criadores, mas também iniciar uma reação em cadeia que poderá prejudicar sensivelmente a agricultura da região. Segundo o produtor Adriano Dário, fixado na cidade de Coxixola, o dano ao meio ambiente pode ser catastrófico, uma vez que muitos criadores de cabra viviam, antes, da produção de carvão e da caça a animais da região. Segundo ele, se todos os produtores levarem seus animais ao meio ambiente para se alimentar, cerca de 25 mil hectares podem ser devastados pelos animais.

De acordo com a Secretaria de Agricultura do Estado, não existe nenhum plano emergencial que acolha os criadores de cabras da região do Cariri. Já o chefe de gabinete da Fundação Assistencial da Paraíba (FAC), José Noirton Maia, disse que a instituição ainda está aguardando o repasse dos valores em atraso por parte do Ministério do Desenvolvimento Econômico, e que no momento não tem nenhuma previsão de quando os caprinocultores irão receber seus valores atrasados.

Imagem

Jornal da Paraíba

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