VIDA URBANA
Noivo acusado de matar padrinhos será ouvido por juiz em audiência
Desde que foi preso, Nelsivan, que está na Penitenciária Padrão de Campina Grande e já teve o pedido de habeas corpus negado.
Publicado em 20/02/2015 às 6:00 | Atualizado em 21/02/2024 às 16:17
Passados quase 11 meses do duplo homicídio de um casal, que ocorreu na saída de um casamento em Campina Grande, o noivo da festa, Nelsivan Marques, apontando pela polícia como principal mandante do crime, que teve como vítimas seus padrinhos, vai prestar depoimento pela primeira vez na próxima segunda-feira, quando será realizada a primeira audiência de instrução do caso.
Desde que foi preso, em junho do ano passado, Nelsivan, que está na Penitenciária Padrão de Campina Grande e já teve o pedido de habeas corpus negado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, não quis depor e permaneceu em silêncio nos interrogatórios feitos pela Polícia Civil, alegando que só falaria perante o juiz.
Na audiência da próxima segunda-feira, que será realizada às 14h no 2º Tribunal do Júri, além de Nelsivan deverão ser ouvidos os outros cinco acusados de envolvimento no crime e as testemunhas do caso. Entre as pessoas que deverão prestar depoimento está o vigilante Lindojhonson da Silva, que estava próximo ao casal e foi atingido por um tiro no ombro.
Como se trata de um processo extenso, a previsão é que o Tribunal realize mais de uma audiência para ouvir todas as testemunhas e réus para só então avançar à etapa seguinte, quando o juiz abrirá espaço para as alegações finais da defesa e da acusação.
Assim como Nelsivan, os outros cinco envolvidos no crime estão presos desde a operação 'Iscariotes', deflagrada pela Delegacia de Homicídios em junho do ano passado para cumprir mandados de prisão preventiva contra os acusados. Ao falar sobre a audiência, um dos advogados de Nelsivan, Luciano Pires, afirmou que a defesa não teve acesso a provas e documentos da investigação que, segundo ele, não constam integralmente nos autos do processo.
“A defesa já requisitou ao juiz em duas ocasiões que observem o devido processo legal e a ampla defesa, fazendo com que as partes acusadas tenham acesso a esses documentos que, desde a denúncia, necessariamente deveriam constar nos autos”, explicou o advogado, informando que fez uma nova requisição para ter acesso integral a esse material antes da audiência, pedido que, se acatado pelo juiz, poderá adiar a data de realização da mesma. Ainda sobre o caso, Luciano Pires afirmou que Nelsivan continua alegando não ter nenhuma participação no crime e que não existem provas contra ele. “Para defesa, em absoluto, o que existe nesse caso são apenas ilações”, pontuou.
Já o advogado Fernando Medeiros, responsável pela defesa de três réus, dentre eles Samuel Alves, acusado de ser o executor do casal, também afirmou que, por enquanto, não existe nenhuma prova contra os seus clientes. Ele disse ainda que vai aguardar as provas e depoimentos que serão apresentados ao longo do processo para definir a linha de defesa dos acusados.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA também procurou os advogados dos réus Franciclécio Rodrigues e Alleff Sampaio, mas eles não foram localizados para falar sobre o assunto.
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