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CULTURA

Documentário comemora centenário de Amácio Mazzaropi

Ele foi o cineasta que melhor representou a cultura do caipira interiorano, uma das principais raízes da cultura popular brasileira.

Publicado em 08/04/2012 às 8:00


O paulista Amácio Mazzaropi (1912-1981) será sempre o matuto ingênuo, honesto e de bom coração, que é lembrado com risos, enfileirando multidões como uma verdadeira peregrinação religiosa na frente dos cinemas nos anos 1960.

Ele foi o cineasta que melhor representou a cultura do caipira interiorano, uma das principais raízes da cultura popular brasileira.

“Foram 30 anos de carreira cinematográfica, 32 longas, e todos eles foram sucesso de bilheteria. Ninguém chega nem perto destes números no cinema brasileiro”, aponta em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA o jornalista e crítico Celso Sabadin, que estreia na direção com Mazza.Doc, em fase de produção.

A ideia do filme nasceu em 2009, com intuito de comemorar os cem anos de nascimento do artista, festejado nesta segunda-feira. Foi encomendado a Sabadin uma ficção, mas o custo seria alto e haveria a possibilidade de não ser finalizado na época do centenário (que vai até abril de 2013).

Já mergulhado na pesquisa, ele propôs ao que seria mais viável: um documentário. O produtor não gostou da ideia, mas o liberou para apresentar a proposta a outro. “Levei então a ideia para o Edu Felistoque, que aceitou na hora”, relembra. “Fizemos uma parceria com o produtor Paulo Duarte (autor da biografia Mazzaropi - Uma Antologia de Risos) e começamos a tocar o projeto.”

O diretor mergulhou nas várias facetas e interpretações dos depoentes, entre atores, técnicos e diretores que trabalharam com Mazzaropi, bem como personalidades e especialistas na cultura caipira. “Percebemos que Maz- zaropi foi uma figura multifacetada”, analisa. “Tem gente que diz que ele era gênio, tem gente que diz que ele era ignorante.”

Aguardando os resultados de editais para o avanço da produção, o realizador já conversou com várias pessoas do meio artístico: Hebe Camargo, Agnaldo Rayol, Glauco Laurelli, Renato Teixeira (que está fazendo uma canção para o filme), Ewerton de Castro, David Cardoso, Ratinho, entre outros.

CHAVE DE OURO
“Eu não criei nenhum império de cinema. Apenas criei condições para poder trabalhar sem depender de ninguém. Quando eu morrer, isso tudo vai ficar para o cinema nacional”, chegou a declarar Mazzaropi sobre seus estúdios, a PAM Filmes, segundo a biografia de Paulo Duarte.

Localizado em Taubaté, interior de São Paulo onde o ‘Jeca’ foi criado desde os dois anos de idade, os estúdios tinham os melhores equipamentos da época. Foi lá que Mazzaropi filmou 24 dos seus 32 longas-metragens. O lado empresarial também servirá de mote para o documentário, segundo o diretor.

“A parte da história mais difícil de ser contada é o grande mistério que envolve sua gigantesca fortuna, que praticamente ‘sumiu’ depois de sua morte”, confessa. “Ninguém sabe exatamente o que aconteceu.”

Um dos obstáculos da produção tem sido a escassez de imagens em off, sem que Mazzaropi esteja atuando. “Ele era muito fechado, dava poucas entrevistas, e não deixou muitas imagens neste sentido.”

A previsão de Mazza.Doc estrear no circuito nacional será o início de 2013. “Fechando com chave de ouro o centenário”, garante Sabadin.

Imagem

Jornal da Paraíba

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