Comerciantes reclamam da 'invasão' dos ambulantes

Nesse período do ano, o número de ambulantes aumenta nas ruas e calçadas do Centro de Campina Grande, e os estacionamentos da Zona Azul são os pontos mais usados para a instalação de barracas que comercializam desde CDs, DVDs, comidas, celulares, relógios, entre outros itens.

A massificação desses ambulantes em pontos estratégicos do Centro da cidade, acaba prejudicando as vendas nas lojas próximas, informou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), de Campina Grande, Tito Mota, que também destacou que a entidade estaria enviando ontem uma solicitação à Prefeitura Municipal e a Superintendência de Trânsito e Transporte Público (STTP) para que fiscalizem o caso.

“Durante essa época, há uma proliferação de ambulantes. Os vendedores ocupam as calçadas das lojas e até os estacionamentos, que é o nosso diferencial para atender nossos clientes. Essa fiscalização precisa ser contínua”, alertou.

O superintendente da STTP, Salomão Augustos informou que durante essa semana, a fiscalização nos estacionamentos da zona azul serão intensificadas. “Além de evitar que ambulantes descredenciados usem o serviço, com uma fiscalização mais frequente iremos também aumentar a rotatividade nos estacionamentos”, destacou.

Segundo a STTP, cada usuário pode ficar até 2h no estacionamento. Quem desobedecer a essa regra pode receber uma multa que varia entre R$ 127 a R$ 153. Os ambulantes que forem encontrados irregularmente no local poderão ter suas mercadorias apreendidas. Desde a última semana três apreensões já foram realizadas no centro de Campina, segundo Salomão Augusto.

O ambulante José Francisco de Oliveira, que há quatro anos vende óculos na calçada da rua Marques do Herval, no Centro, disse que a maioria das pessoas nem pergunta se os óculos tem ou não proteção. “O preço do camelô é melhor, e isso já é o bastante para a maioria dos clientes”, ressaltou.