Paulo Vinícius lança 4° álbum nesta terça-feira

Quando despontou na cena musical com Outubro – Um Tributo a Zé Ramalho (2001), Paulo Vinícius talvez não tivesse ideia que, mais de dez anos depois, seu timbre vigoroso ainda seria associado à voz do 'herdeiro de Avôhai'.

“O meu primeiro CD é uma homenagem explícita a Zé Ramalho, mas eu acho que em A Lenda de Quíron já consigo sair da sombra dele”, diz o artista se referindo ao quarto álbum que lança hoje, às 21h, na noite pessoense.

Com um acento mitológico, o CD é uma reunião de 11 faixas puxadas pela canção que dá nome ao trabalho, inspirada na história do centauro Quíron.

O cantor e compositor conta que começou a se interessar pela mitologia grega depois de seu show no Busto de Tamandaré, em janeiro do ano passado, quando abriu o palco do então Estação Nordeste para o mestre Zé Ramalho.

Na arte da capa, assinada por Jeová de Carvalho, Paulo Vinícius é retratado como um centauro empunhando um misto de 'baixolão' e viola caipira.

“As letras falam deste ser que é fruto da relação de Saturno com uma mortal”, explica Paulo Vinícius. “Mas o CD também tem muitas canções românticas, countries, rocks e versões”.

Entre elas, 'A morte do vaqueiro', parceria de Luiz Gonzaga (1912-1989) e Nelson Barbalho (1918-1993) e 'O mais importante é o verdadeiro amor', escrita por Fernando Adour e imortalizada na década de 1970 na voz de Márcio Greyck.

Há ainda 'Venha amar' ('Surround me with your love'), versão de Paulo Vinícius para uma tradução de Stênio Queiroga, Jeová de Carvalho e Sérgio Gallo do hit da banda mexicana de rock experimental Porter.

O texto de apresentação do disco é de autoria de Ricardo Anísio, que afirma que Paulo Vinícius é uma 'terceira entidade', resultado da influência não só de Zé Ramalho, mas também de nomes como Chico Sciense e Lenine.

São influências assumidas por um Paulo Vinícius que, com seus outros álbuns (há mais dois: de 2004 e 2007), acha que finalmente "desmistificou-se" de Zé Ramalho.

Serviços

• Paulo Vinícius. No Chopp Time (Av. Gov. Argemiro de Figueiredo, 3835, Bessa, João Pessoa – tel.: 3245-9907), hoje, a partir das 21h. Ingressos individuais: R$ 30,00