icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Chacina em JP segue impune após um ano

Há um ano cinco pessoas foram executadas em um prédio abandonado em Mangabeira; moradores do local ainda temem.

Publicado em 08/06/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 12:12


Um ano após a chacina que deixou cinco mortos em um prédio abandonado no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, nenhum responsável pelo crime foi preso. No sistema de consulta do Tribunal de Justiça da Paraíba não consta a identificação de qualquer pessoa indiciada pela prática do crime e a última movimentação feita no processo aconteceu no mês de dezembro do ano passado.

Quem mora na rua em que ocorreu a chacina ainda lembra com detalhes do dia em que ocorreu o crime. O medo, porém, não permite que as pessoas se identifiquem. “Na verdade isso era um verdadeiro ponto de comercialização de drogas e a gente acredita que as mortes aconteceram por esse motivo”, disse um morador. A mãe de uma das vítimas residia em frente ao local do crime, mas decidiu se mudar logo após os assassinatos.“Ela sabia que se ficasse poderia ser assassinada porque o tráfico era muito forte aqui”, disse um outro morador, acrescentando que o local atualmente é utilizado para consumo de drogas e depósito para lixo.

Jacineide Ferreira da Silva, Jackeline Rodrigues da Silva, Luiz de Lima Rodrigues, Maria de Jesus de Melo Machado e Marília Grangeiro da Silva, foram executados durante a madrugada do dia 08 de junho do ano passado, enquanto conversavam no prédio.

Segundo a polícia, com as mulheres foram encontradas pedras de crack e dinheiro, o que reforçava a tese de que o crime teria sido praticado por disputas relacionadas ao tráfico de drogas.

Na época, o comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Lívio Sérgio, afirmou que o tráfico no local era comandado por uma das mulheres assassinadas.

O prédio abandonado da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam), localizado na Rua Alfredo Ferreira da Rocha, ainda deixa medo nos moradores do local. “Isso poderia ser utilizado para uma creche, por exemplo. Depois que aconteceu o crime, a polícia sempre está passando por aqui, o que nos deixa mais tranquilo, mas o medo ainda existe”, disse um morador.

Segundo a polícia, no dia do assassinato, um traficante teria ido ao prédio da Sucam e ordenado que Marília Granjeiro, a Gabi, saísse do local e entregasse o ponto de comercialização de drogas, com a ameaça de que todos os integrantes de sua gangue seriam executados.

Vândalos atearam fogo no interior do prédio, queimando paredes e alguns objetos que foram deixados pelos antigos moradores que saíram apressados após a chacina. Cerca de 20 pessoas moravam no prédio, inclusive grande número de crianças.

Após a chacina, a Secretaria de Desenvolvimento Social de João Pessoa (Sedes) removeu todos os moradores do prédio, temporariamente para uma escola pública com a promessa de que seriam contemplados com casas próprias. A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a Sedes para receber informações sobre a atual situação das famílias, mas não foram localizadas informações .

O delegado responsável pela investigação do crime, Antônio Brayner, não foi localizado para comentar os procedimentos adotados para identificar os suspeitos. Já o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Everaldo Medeiros, explicou que não teria informações da 'chacina de Mangabeira'.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp