ECONOMIA
Comer fora de casa está mais caro
Alimentação fora de casa ficou 11,55% mais cara nos últimos 12 meses, superando a alta dos preços dos alimentos e bebidas em geral.
Publicado em 11/10/2011 às 6:30
A alimentação fora de casa ficou 11,55% mais cara nos últimos 12 meses, superando a alta dos preços dos alimentos e bebidas em geral, que foi de 9,93%, segundo dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para os representantes do segmento de restaurantes na Paraíba, não houve aumento expressivo.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) na Paraíba, Marcos Mozzini, disse que o setor vive um 'esmagamento' das margens de lucro devido aos constantes aumentos e a pressão inflacionária. “Ainda temos a concorrência de pessoas que abrem negócio sem nenhuma experiência, e quando se depara com dificuldades começa a queimar preços, sonegar, atrapalhando quem está querendo trabalhar sério e dentro da lei”, declarou.
Apesar disso, Mozzini acredita que os preços deste ano ficarão abaixo do ano passado, quando descontada a inflação.
“Trabalhamos com margens extremamente reduzidas e a maioria dos empresários estão no sufoco”, explica o presidente, acrescentando que o faturamento das empresas do setor teve, em média, queda no faturamento entre 10% e 20% em relação ao ano passado.
Para o proprietário Romeu Lemos, do restaurante Salutte, o preço praticado é o mesmo há mais de um ano. "Tenho buscado alternativas para cortar 'gorduras' nos custos para não repassar os aumentos nos preços dos alimentos para os clientes”, apontou.
O comerciante diz que se há alta nos preços, os clientes procuram opções mais baratas, causando ainda mais prejuízo para o estabelecimento. Ele já pensa até em promoções para aliviar o problema.
“Vou lançar um dia na semana sem carne vermelha, pensando em baixar em 5% meus gastos, e evitando de repassar qualquer tipo de aumento para os clientes”, finaliza Romeu Lemos.
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