POLÍTICA
‘Me sinto violentado’, diz Jackson Lago após deixar governo
Em entrevista ao G1, ele disse que vai focar na vida partidária. TSE confirmou cassação de governador do MA na quinta-feira.
Publicado em 18/04/2009 às 14:03
Do G1
O ex-governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), afirmou ao G1 nesta sábado (18) que se sente “violentado” pela decisão de sua cassação. Na última quinta-feira (16), O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou por unanimidade a cassação dos mandatos de Lago e de seu vice, Luiz Carlos Porto (PPS) e decidiu dar posse imediata à senadora Roseana Sarney (PMDB) no cargo de governadora, segunda colocada nas eleições de 2006.
Lago chegou a entrar com ações do Supremo Tribunal Federal (STF), recurso que ainda lhe cabia, mas teve uma das ações negadas na própria sexta-feira. Questionado se ainda está otimista em relação às ações, ele respondeu que os “advogados estão otimistas”. “Mas nós nos sentimos muito violentados. Estamos nos acostumando à decisão”, afirmou.
Lago disse que “só tem a lamentar” a cassação e contestou as provas apresentadas de compras de voto de abuso de poder político e econômico.
Ele contou que resolveu deixar a sede do governo, o Palácio dos Leões, neste sábado porque teve sua ação recusada pelo Surpemo. “Nós dissemos, desde o primeiro momento que nós sairíamos em duas circunstâncias: se a Assembléia elegesse um novo governador de forma indireta (...) ou se o Supremo Tribunal Federal não despachasse a nossa ação ao nosso favor, que foi o que aconteceu.”
Fora do governo, o ex-governador diz que deve se dedicar à vida partidária. “Vou entrar e ter agora uma vida partidária intensa. Nós entendemos que todos os partidos do campo democrático que têm vida partidária mais intensa, têm que ter quadros mais preparados, preparar a consciência política para chegar no máximo.”
Ocupação do Palácio
Após a posse de Roseana Sarney na sexta-feira, Jackson Lago se recusou a deixar a sede do governo do Maranhão, o Palácio dos Leões, onde chegou a passar a noite. Lago permaneceu com amigos e aliados no palácio e anunciou às 10h20 que deixaria o local. Ainda pela manhã, saiu em caminhada com aliados e integrantes de movimentos sociais, para a sede de seu partido, o PDT.
Durante a noite, movimentos sociais que apóiam o ex-governador montaram acampamento no pátio interno do palácio e a segurança foi rigorosa – só permitiu a entrada de aliados de Jackson. A movimentação no local foi intensa durante toda a sexta-feira.
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