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VIDA URBANA

Estado interrompe fornecimento de medicamento para osteoporose

Caixa do remédio custa em média R$ 200, mas está em falta desde 4 de julho de 2011. Servidora pública reclama da falta de informação e do prejuízo causado.

Publicado em 12/08/2011 às 17:17

Phelipe Caldas

Uma funcionária pública que prefere não ser identificada procurou a reportagem nesta semana para denunciar a falta do medicamento Evista no Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcionais (Cedmex) da Secretaria Estadual de Saúde do Governo da Paraíba. Segundo ela, há mais de um mês o medicamento não é fornecido à população pessoense e ninguém sabe dizer ao certo quando este será normalizado.

Ela diz que a caixa do medicamento, que atua no combate à osteoporose, custa em média R$ 200 e dá para apenas um mês. Como ela não recebe nenhum medicamento desde 4 de julho de 2011, ela já precisou comprar uma segunda caixa do próprio bolso apenas para evitar a descontinuidade da medicação.

Outro problema que a servidora reclama é da falta de informações. “Já fui seguidas vezes ao Cedmex e nunca recebo uma informação clara sobre quando o medicamento voltará a ser distribuído pelo Estado. Eles pedem apenas para que a gente volte depois”, reclama.

Ainda de acordo com a mulher, ela não consegue falar com ninguém do Cedmex por telefone, porque segundo ela nunca ninguém atende, e ao ir ao local pessoalmente sempre recebe a mesma resposta.

“Eles sempre dizem a mesma coisa. Que ainda estão aguardando o remédio e que não têm previsão sobre quando vai chegar. O problema é que eu não posso ficar sem o remédio e por isto tenho que pagar tudo no meu próprio bolso”, prossegue.

A reportagem tentou ao longo de toda a semana conversar com alguém do Cedmex. Funcionários do Centro confirmaram a versão da servidora pública de que o medicamento Evista está em falta e que não há prazo para que seu fornecimento seja restabelecido.

Esses, no entanto, dizem que apenas a diretora Marília Paranhos pode falar oficialmente sobre o assunto. Mesmo ligando em horário de expediente, Marília nunca foi encontrada no trabalho para dar uma resposta. Em algumas oportunidades ela estava simplesmente ausente, em outras ela estava “incomunicável em reunião de trabalho”. Pelo celular, ela também não atendeu às chamadas.

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Jornal da Paraíba

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