COTIDIANO
PM resgata mulher que diz ter sido sequestrada; acusado nega crime
Mulher foi resgatada dentro um apartamento de Mangabeira em JP, alegando ter sido vítima de sequestro. Proprietário do imóvel, um professor, garante que a moça foi por livre e espontânea vontade.
Publicado em 07/07/2011 às 11:53
Inaê Teles
Uma caso ainda 'mal explicado' está intrigando a polícia. Uma mulher foi resgatada nesta quinta-feira (7) dentro de um apartamento no bairro de Mangabeira na Capital alegando ter sido vítima de um sequestro. Já o proprietário do imóvel, um professor de Educação Artística, garante que a moça foi até o apartamento por livre e espontânea vontade.
O sargento César, do serviço de inteligência do 5º Batalhão da Polícia Militar no Valentina, foi o primeiro a chegar no local do suposto cativeiro. Segundo ele, pessoas ligaram para a polícia e contaram que havia uma mulher pedindo socorro.
A mulher, identificada como Flávia, contou para o sargento que havia sido sequestrada ao sair de um salão de beleza na tarde da quarta-feira (6). “Ela disse que saiu de um salão de beleza por volta das 15h e foi abordada por esse rapaz, que segundo ela, estava armado dentro de um carro. O acusado teria conduzido ela até o apartamento e em seguida a dopado e ainda amarrado”, contou o sargento.
O professor Robson Dantas, apontado como suposto sequestrador, desmentiu por completo a versão da mulher. “Ele contou que encontrou essa mulher dentro do ônibus e combinaram de sair para beber em um bar de Mangabeira. Em seguida o professor convidou a mulher pra ir até o seu apartamento e ela aceitou”, disse o sargento.
Contradição
O sargento César disse ainda que Flávia no primeiro momento contou que havia sido dopada no momento que estava no bar, mas quando viu o marido a versão mudou. “Quando o marido dela apareceu, Flávia disse que não tinha bebido, mas que o suposto acusado havia colocado um pano com uma substância na boca dela”.
Flávia também disse que havia sido amarrada, mas não apresentava nenhuma marca nos braços. “Encontramos um fio de microfone na cama, mas não havia marcas visíveis nos braços de que ela tinha sido amarrada”, finalizou o sargento.
O professor se apresentou espontaneamente na 9ª Delegacia Distrital em Mangabeira. “Ele disse que queria olhar na cara dela e ouvir a versão dela”, afirmou o sargento. Flávia está passando por exames e em seguida também será ouvida pelo delegado na 9ª DD.
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