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VIDA URBANA

Mobilizações devem pautar rumo do país

Analistas comentam  as motivações e importância dos recentes manifestos na Paraíba.

Publicado em 30/06/2013 às 8:45 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:04


Com bandeiras e palavras de ordem, os paraibanos foram às ruas nas últimas semanas para engrossar o coro nacional que pede melhorias em uma série de problemas sociais, que vai da redução na tarifa do transporte público à preservação do meio ambiente. O protesto, sem violência, entrou para a história da Paraíba, assim como outros movimentos já ocorridos, como o ‘Fora Collor’, em 1992, o qual também levou milhares às ruas.

Para cientistas políticos, historiadores e sociólogos, há pouca semelhança entre as manifestações políticas já registradas na Paraíba. Quando o Brasil decidiu lutar pelo impeachment do presidente Fernando Collor, por exemplo, havia uma reivindicação bem definida, clara. Ou seja, o objetivo era um só: destituir Collor da Presidência da República. Milhares pintaram os rostos de verde e amarelo pelo mesmo motivo.

O que se observa agora é bem diferente, segundo a análise do cientista político Ítalo Fittipaldi. “De certa forma, a agenda de reivindicações não estava clara e até já tinha sido atendida parcialmente, com o Passe Livre para os alunos da rede municipal de João Pessoa, e a redução de R$0,10 na tarifa do transporte coletivo”, afirmou. “O movimento foi concentrado em grandes cidades para dar mais visibilidade, como em Fortaleza, Recife e Salvador, todas no Nordeste”, declarou.

Na avaliação de Fittipaldi, o que aconteceu nas ruas de João Pessoa, que reuniu cerca de 25 mil manifestantes na última quinta-feira, foi mais um modismo, para seguir o que ocorre nos grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo, que uma manifestação consciente. “Vejo que foi mais uma forma de mostrar que as pessoas não estão satisfeitas com alguma coisa. Claro que a não violência foi um lado positivo”, declarou o cientista político.

Segundo Fittipaldi, na Paraíba, assim como em outros estados, a manifestação não foi clara. “O protesto, em si, é vazio. Na Paraíba foi mais uma consequência das notícias da grande mídia. Tivemos a imagem de pessoas politizadas, mas elas não estavam imbuídas de um sentimento legítimo, como no movimento Fora Collor”, declarou.

Se fosse diferente, conforme disse Fittipaldi, certamente os manifestantes se queixariam de problemas recorrentes, como a explosão de caixas eletrônicos, fato que se repete nas cidades paraibanas. “Isso não tem nada a ver com mudança política, ninguém teve coragem de reclamar da insegurança pública. Será que é porque não há necessidade?”.

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Jornal da Paraíba

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