Estação de bombeamento para e reduz vazão em Boqueirão

Uma interrupção no funcionamento da Estação de Bombeamento (EBV-6) no Eixo Leste da transposição das Águas do São Francisco, reduziu a vazão da chegada das águas no açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) na Paraíba, segundo o diretor técnico de acompanhamento e controle da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), Porfírio Loureiro, confirmou nesta quarta-feira (22).

De acordo com o técnico, a interrupção do funcionamento da EBV-6 ocorreu durante o primeiro final de semana deste mês e se refletiu no acúmulo de água no açude de Boqueirão, que não registrou aumento no volume de água nas últimas duas semanas. “O problema foi identificado por nossa equipe de monitoramento no trecho de bombeamento da EBV-6. A interrupção do serviço reduziu vazão média de 3,17 metros registrada em outubro, para para um metro cúbico no início de novembro. Por consequência dessa situação, o açude Boqueirão não aumentou o volume de água nas últimas duas semanas”, disse.

Segundo dados da AESA, o açude Boqueirão acumula nesta quarta-feira (22) 9,3% de sua capacidade hídrica, o que corresponde ao total de 38.152.778 milhões de m³, mesmo volume registrado no início de novembro. O manancial é responsável pelo abastecimento de água de Campina Grande e outros 18 municípios na região do Agreste.

A interrupção do serviço de bombeamento pela EBV-6 de acordo com Porfírio Loureiro durou cerca de 72 horas. Apesar da redução na vazão do volume de água, a situação não gerou problemas no abastecimento nas cidades. “Não houve nenhum problema no que se refere a distribuição de água para as cidades que são atendidas pelo reservatório. O que ocorreu foi uma situação de paralisação do serviço no percurso da transposição, porém, a situação foi solucionada e o volume de Boqueirão deve voltar a subir nas próximas semanas, uma vez que este é um processo gradativo”, explicou.

Ainda de acordo com Porfírio Loureiro não houve nenhum comunicado oficial pelo Ministério da Integração Nacional sobre a interrupção do serviço. “Não recebemos nenhum comunicado oficial do ministério sobre a paralisação do serviço e só descobrimos a redução da vazão, porque fazemos esse monitoramento a cada quinze minutos”, concluiu.