ECONOMIA
FCDL-PB critica 'boicote' ao Shopping Intermares
Para o presidente da FCDL-PB haverá perda na cadeia da economia que deixará de arrecadar com milhões com impostos e empregos.
Publicado em 20/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 11/01/2024 às 18:44
O Grupo Marquise, responsável pelo projeto do Shopping Intermares, previsto para ser implantado no município de Cabedelo, vai entrar com todos os recursos cabíveis para que seja possível a implantação do empreendimento na cidade.
Com previsão de gerar 6 mil empregos diretos e indiretos e promover uma arrecadação anual de R$ 70 milhões para os cofres públicos, o shopping corre o risco de não sair do papel, mas o possível boicote é criticado.
“Se um equipamento deste porte deixa de ser construído na nossa região, toda uma cadeia da economia perde. Quantos milhões de reais não vão deixar de circular no comércio e na economia da região com empregos e impostos gerados?”, questionou o presidente da Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas da Paraíba (FCDL), Artur de Melo Almeida.
Segundo ele, a expectativa é de que Prefeitura de Cabedelo reveja sua posição sobre a implantação do shopping. “Da mesma forma que comemoramos a chegada do shopping no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, também temos boas expectativas com relação ao empreendimento para Cabedelo. Esperamos que a prefeitura repense a sua decisão”, declarou.
A construção do shopping está ameaçada porque a Câmara Municipal de Cabedelo aprovou uma lei proibindo a construção de shopping center e empreendimentos de grande porte no município. A lei, sancionada pelo prefeito da cidade, Leto Viana, trata de alterações no código do zoneamento do uso e ocupação do solo. Com a mudança, a construção do empreendimento corre o risco.
De acordo com Sérgio Gonçalves, responsável pela área de shopping center do Grupo Marquise, há uma análise prévia aprovada pela Prefeitura de Cabedelo. O documento permite que até junho deste ano o grupo solicite as licenças necessárias para a implantação do equipamento.
Mesmo com a decisão da prefeitura, Sérgio Gonçalves afirmou que o grupo vai lutar para implantar shopping. “Fomos pegos de surpresa, mas o povo está do nosso lado e vamos usar todos os recursos cabíveis para reverter esta situação. Somente de área construída teremos 64 mil metros quadrados e desses, 50 mil metros quadrados serão de área bruta locável. Estimamos a criação de 1.500 empregos durante a construção e mais 4.500 na operação do shopping. Não entendo esse impasse, se nem redução de impostos estamos pedindo”, desabafou Sérgio Gonçalves.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de João Pessoa (CDL-JP), Eronaldo Maia, preferiu não se pronunciar sobre o assunto. O JORNAL DA PARAÍBA procurou ainda a Fecomércio-PB e a Associação Comercial da Paraíba para comentar o impasse, mas as assessorias não enviaram resposta até o fechamento desta edição.
INVESTIMENTO PODE DEIXAR O ESTADO
O número de empregos e tributos gerados pode ter outro destino de federação, caso o Shopping Intermares não seja implantado na Paraíba. O responsável pela área de shopping do Grupo Marquise, Sérgio Gonçalves, revelou que esta ideia só será levada adiante em último caso e lamenta a forma como o grupo foi recebido no Estado.
“Evidentemente, se existirem obstáculos intransponíveis, o capital que seria aplicado na Paraíba será conduzido para outro local. Mas não acreditamos que vamos chegar a este ponto”, frisou.
Segundo ele, nos demais Estados onde o grupo investe, a receptividade é bem diferente da recebida em terras paraibanas. “Nos outros locais onde chegamos somos recebidos de braços abertos. Mas alguns paraibanos estão discriminando nosso projeto”, disparou.
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