ECONOMIA
Varejo quer prorrogação e incluir outros setores
Desoneração da linha branca de eletrodomésticos resultou em um aumento de 22,63% nas vendas e varejo quer prorrogação.
Publicado em 23/03/2012 às 6:30
O setor varejista quer que o governo prorrogue a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca entre seis e nove meses e reivindica que sejam incluídos no pacote móveis e material de construção.
O benefício fiscal previsto para terminar dia 31 de março já tem sugestão de nova data da prorrogação: 31 de setembro, ou, na melhor hipótese, 31 de dezembro.
"Estamos prevendo uma desaceleração do varejo nos próximos meses. O governo deve tomar medidas adequadas para permitir a retomada da economia", afirma o presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fernando de Castro.
Segundo ele, estudos feitos pelo IDV apontam que as vendas globais do setor terão alta de 6,5% em março, último mês da redução, na comparação com o mesmo período de 2011. Em abril, cairá para 6,2% e, em maio, para 5,6%.
"O IPI menor já surtiu efeito, mas o prazo do benefício [de quatro meses] foi muito curto. A decisão de compra de um eletrodoméstico não é imediata, precisamos dar mais tempo para o consumidor", diz Castro.
As vendas de eletrodomésticos da linha branca que foram desonerados tiveram aumento de 22,63%, em média, entre dezembro e fevereiro na comparação com o mesmo período no ano anterior. Se não houvesse o IPI menor, a estimativa é que esse aumento ficaria entre 7% e 10%.
A expansão também impactou as vendas de eletroeletrônicos, como os itens da linha marrom (como móveis), que subiram 12,13%, em média, no mesmo intervalo.
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