Salão de Artesanato em Campina Grande ultrapassa R$ 824 mil

A beleza e a qualidade do artesanato paraibano já renderam bons frutos aos 400 profissionais que, desde o dia oito de junho, participam da 22ª edição do Salão de Artesanato da Paraíba, em Campina Grande. De acordo com a organização do evento, a geração de recursos já atingiu a marca de R$ 824,3 mil, resultado da venda de mais de 46 mil produtos de diferentes tipologias, confeccionados por artesãos de 62 municípios paraibanos.

Além da estrutura habitual para comercialização dos produtos, este ano a organização do evento também incluiu a apresentação de repentistas e trios de forró para atrair o público. “A gente fez de tudo para trazer o cliente para cá. Muita gente está vindo comprar, mas também aproveitar o espaço gastronômico e as atrações culturais. Já ouvi várias pessoas dizendo que vieram para cá como uma alternativa ao Parque do Povo, já que começamos a funcionar mais cedo”, ressaltou a gestora do Programa de Artesanato da Paraíba (PAP), Lu Maia.

Segundo ela, o Salão recebe, diariamente, uma média de 3 mil visitantes. Para este ano, a meta é vender 30% a mais que no ano passado, quando o volume de vendas chegou a R$ 1,2 milhão. “Acredito que vamos atingir ou, pelo menos, igualar com o resultado do ano passado, pois o movimento do público, principalmente essa semana, está acima do esperado”, acrescentou.

Apesar dos números apresentados pelos organizadores, a opinião dos artesãos está dividida. Para a artesã Socorro Alves, de Campina Grande, as vendas do ano passado foram melhores. “Tem muita gente passeando aqui, mas poucos comprando. Eu vendi menos do que esperava, acho que o público está gastando menos por conta da crise, mas ainda acredito que nesses últimos dias possa melhorar porque os turistas costumam comprar lembranças”, lamentou Socorro, que trabalha com produtos de algodão colorido.

Já Roberval do Nascimento, de João Pessoa, comemorou o sucesso de seus produtos de couro e disse que já vendeu praticamente todo o estoque que levou para o Salão. “Não tenho do que reclamar, aqui sempre é bom. Ano passado vendi tudo antes do encerramento e este ano também acho que vou embora mais cedo, os produtos já estão no fim e o lucro está muito bom”, comentou.