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VIDA URBANA

Funcionários da Infraero protestam

Aeroportuários se concentraram nos terminais de embarque e desembarque do aeroporto e pediam melhorias salariais.

Publicado em 01/08/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:40

Seguindo o indicativo de outros 62 aeroportos do país, funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) na Paraíba realizaram protestos na manhã de ontem na Região Metropolitana de João Pessoa e Campina Grande. No aeroporto Presidente Castro Pinto, em Bayeux, cerca de 30 funcionários reivindicaram aumento salarial de 16%, auxílio alimentação e creche e ainda contestam a privatização de três aeroportos do país.

Durante a manhã, os voos do Castro Pinto operaram normalmente, no entanto no período da tarde e pela madrugada, houve atrasos devido aos voos vindos da região Sudeste. Com cartazes que pediam melhorias salariais e “apitaços” para chamar a atenção dos passageiros, os aeroportuários se concentraram nos terminais de embarque e desembarque do aeroporto. Após uma assembleia realizada durante a tarde, os funcionários decidiram pela continuidade da greve. Durante a madrugada de hoje, os aeroportuários retornaram ao aeroporto e fizeram novas manifestações.

Segundo o presidente do Sindicato dos Aeroportuários da Paraíba, Cosme Paulino, somente os funcionários da torre de controle e os fiscais de pátio permaneceram trabalhando para não prejudicar os voos programados para a manhã. Cosme Paulino informou ainda que a manifestação deve continuar até que as reivindicações sejam atendidas pela Infraero.

“Estamos há mais de um ano sem reajuste e a empresa não quer renovar o acordo coletivo de trabalho, que venceu no dia primeiro de maio, e ainda tirar nosso plano de saúde”, lamentou o sindicalista. De acordo com Cosme Paulino, os aeroportuários pedem um aumento de 16%, mas a empresa só ofereceu 6,49%.

Mesmo com a situação tranquila registrada durante a manhã no aeroporto da Região Metropolitana da capital, a paraibana Sueneide de Azevedo, que mora em São Paulo, estava apreensiva quanto à volta para casa. “Nosso voo vai fazer uma conexão no Rio de Janeiro para depois seguir para São Paulo. Mas, não sabemos como está a situação por lá. Pelo o que estão falando, nosso voo pode atrasar no Rio”, disse.

O superintendente do aeroporto Presidente Castro Pinto, Alexandre Oliveira, informou que foi preparado um sistema de contingência, caso ocorra falta de aeroportuários no local.

Segundo ele, conforme as condições dos voos vindos da região Sudeste, pode haver alterações nos horários dos 28 voos diários que chegam e partem da Paraíba. “Se houver atrasos nos outros aeroportos, pode ter reflexo aqui. Estamos acompanhando as negociações, que acontecem em Brasília”, explicou.

LUTO NA PARALISAÇÃO

Os funcionários da Infraero em Campina Grande também aderiram à paralisação proposta pelo Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina). Dos 43 aeroportuários do terminal, apenas 30% do efetivo foi mantido em serviço.

De acordo com o delegado sindical do Sina em Campina Grande, Eltônio Dias, vestidos de roupas pretas e com cartazes fixados nas paredes, os empregados se reuniram no saguão do aeroporto. Segundo Eltônio Dias, as roupas pretas significam o luto, pelo descompromisso com os aeroportuários. Ele afirmou que a cerca de 10 anos não há revisão nos Planos de Cargos, Carreiras e Salários dos técnicos do aeroporto, sendo aplicado apenas o valor da inflação. A paralisação atingiu toda a parte administrativa coordenada pela Infraero.

Conforme o delegado sindical, apesar da existência de pautas isoladas nos aeroportos, a orientação do sindicato nacional foi de que o movimento tivesse o mesmo foco. “Estamos seguindo a pauta do Sina e temos a certeza que juntos teremos mais chances de alcançar nossos objetivos”, disse Eltônio Dias.

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Jornal da Paraíba

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