Leonardo Gadelha critica atropelos da AL e diz que boicote continua

Phelipe Caldas

O deputado estadual Leonardo Gadelha (PSB) declarou nesta sexta-feira (5) em entrevista ao programa Paraíba Agora, da rádio 101 FM, que o boicote da bancada de oposição às sessões da Assembléia Legislativa da Paraíba vão continuar na próxima semana. O motivo, segundo ele, é a forma apressada e atrapalhada com que os projetos estão sendo votados pela Casa desde que o Tribunal Superior Eleitoral confirmou a cassação do governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e do vice-governador José Lacerda Neto (DEM).

Ele pediu mais serenidade, mais tempo para se discutir e analisar cada projeto e de quebra criticou a série de 17 sessões realizadas em um único dia na Assembléia.

Como exemplo dos absurdos cometidos, ele citou o fato dos situacionistas terem aprovados novas atribuições à Polícia Militar da Paraíba.

“Foi uma atitude precipitada e inconstitucional, já que as atribuições da PM são regidas pela Constituição Federal. A aprovação do projeto foi indevido e, o que é pior, provocou uma crise entre as instituições, que culminou em greve da Polícia Civil”, frisou Gadelha.

Ele fez referências também a doação de terreno por parte do Governo do Estado para a construção de nova sede para o legislativo estadual. Ele se impressionou com o tamanho da área cedida, de 97 acres, e disse que neste espaço dava para acomodar toda a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Gadelha reclamou também da decisão de se contratar uma empresa de São Paulo para realizar a construção, com o direito dela ficar com boa parte do território.

“A oposição vai permanecer ausente porque não vai chancelar estas matérias aprovadas de forma açodada”, concluiu.