COTIDIANO
Obras do Trevo de Mangabeira continuam paradas
De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Paraíba, diversas situações de risco graves e iminentes foram detectadas.
Publicado em 20/01/2015 às 7:19 | Atualizado em 28/02/2024 às 17:20
As obras do Trevo de Mangabeira continuam paradas desde a última quarta-feira. De acordo com o chefe do núcleo de segurança e saúde do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Paraíba (SRTE-PB), Clóvis Costa, a empresa responsável pela construção requisitou uma nova visita do órgão informando que teria cumprido as determinações que deram origem ao embargo, no entanto uma nova fiscalização averiguou que os riscos à segurança dos trabalhadores do local persistiam. Hoje, mais uma visita será feita para verificar se as determinações foram cumpridas e autorizar o retorno das atividades.
Conforme o chefe do núcleo de segurança e saúde do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Paraíba (SRTE-PB), diversas situações de risco graves e iminentes foram detectadas. Dentre os perigos a que os trabalhadores estavam sujeitos no local havia o risco de deslizamento ou queda de uma altura de até sete metros; instalações elétricas, incluindo com emendas e derivações improvisadas ocasionando risco de choque; andaimes em condições precárias; falta de treinamento dos trabalhadores para situações de risco.
“No local ainda existem diversas situações de risco para os trabalhadores, que foram detectadas no dia do embargo e vimos que elas permanecem em uma nova vistoria feita após o pedido de suspensão do embargo. Visto que não vimos situações que justificassem a autorização da continuação das obras, o embargo permanece e amanhã [hoje] faremos uma nova vistoria para ver se foram eliminadas as condições de grave e iminente risco para os profissionais”, explicou.
O diretor de obras do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado da Paraíba (DER-PB), Hélio Cunha Lima, disse que ainda não tinha tomado conhecimento de que as obras continuavam embargadas. Ele adiantou que hoje entrará em contato com a empresa para ter mais informações e tomar providências junto à firma. “Em uma obra como essa, seis ou oito dias não interfere tanto. De toda forma, vamos cobrar que a empresa tome providências para que tudo seja resolvido, caso contrário, iremos notificá-la e providenciar que as obras voltem ao seu ritmo normal”, assegurou.
ENTENDA O CASO
As obras do Trevo de Mangabeira foram embargadas na quarta-feira da semana passada após uma fiscalização de rotina efetuada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Paraíba (SRTE-PB) detectar diversas situações de irregularidade quanto à segurança do trabalho. Após dois dias de embargo, a empresa A.Gaspar, construtora responsável pelas obras, protocolizou um pedido de suspensão da medida informando que teria efetuado as adequações, contudo uma nova fiscalização verificou que as mudanças não foram feitas.
Ao todo, 110 operários trabalham nas obras do Trevo de Mangabeira, que tiveram início em dezembro de 2013 e resultarão em um investimento de R$ 21,6 milhões.
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