PM prende traficantes suspeitos de matar rivais sob ordem de detento

Karoline Zilah

Policiais do Serviço de Inteligência do 5º Batalhão e do Comando Geral da Polícia Militar conseguiram prender na manhã desta quinta-feira (4) mais oito acusados de envolvimento nas mortes encomendadas por um traficante de dentro do presídio PB-I, em Jacarapé, na Capital.

Entre os criminosos há uma mulher e um menor de idade. Com o grupo, foram encontradas armas e munição, além de dois quilos de maconha prensada enterrada em uma casa em construção.

As prisões aconteceram em um sítio no município do Conde, onde se escondia parte dos suspeitos, e na comunidade Boa Esperança, localizada no bairro do Cristo, em João Pessoa. Todos os detidos foram encaminhados à 9ª Delegacia Distrital de Mangabeira.

As investigações apontam que o grupo teria coordenado a execução de três pessoas de uma mesma família e, ainda, de um pedreiro na noite da última sexta-feira (26) nos bairros do Valentina e do Cristo.

A família seria rival de Anderson Pitbull, chefe do tráfico de drogas na comunidade Boa Esperança que está detido no presídio de Jacarapé.

Dois adolescentes já haviam sido detidos no último sábado (27). Um deles estava com uma das armas usadas nas execuções. A partir do depoimento deles e de uma das vítimas, que ainda conseguiu revelar detalhes do esquema antes de morrer, a polícia conseguiu identificar os demais suspeitos e partiu à procura de Djanilson Meireles de Lima, conhecido como 'Sapoti', que seria o bandido mais perigoso do grupo.

Além dele, eram procurados Diego do Nascimento, Maciel José da Silva, Maurício José da Silva e Thiago Laurentino da Silva. Contudo, ainda não há confirmação de foram estes os rapazes presos na operação desta quinta-feira.

Entenda o caso

Segundo as informações da polícia, Maria das Dores da Silva Santos, de 48 anos, o marido Edson de Luna Freire, de 50 anos, e o filho Alexandre da Silva Santos, de 26, teriam rompido os serviços com Anderson Pitbull e decidido trabalhar de forma independente na venda de drogas, fazendo concorrência com o chefe da região.

Ao saber da atitude, ele teria ordenado a morte dos três. O pedreiro identificado como Sinhô estava com Edson no Valentina no momento de sua morte e acabou sendo assassinado também como queima de arquivo.

Já Maria das Dores e o filho foram encontrados amarrados em um terreno no Cristo. Alexandre já estava morto, mas os homens da Polícia Militar ainda viram a mãe com vida, e ela conseguiu revelar todo o esquema.