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VIDA URBANA

No Sertão, festas de Carnaval serão pagas

Maioria das cidades não vai promover festas de Carnaval em 2013

Publicado em 03/02/2013 às 11:55

A maioria das cidades do Sertão da Paraíba não vai promover festas de Carnaval este ano. O principal fator considerado pelos prefeitos nestes municípios é a seca que assola boa parte da população do Estado.

Apesar disso, milhares de foliões deverão festejar o Carnaval nas principais cidade da região, através de eventos privados. Em Patos, Cajazeiras e Catolé do Rocha, por exemplo, os foliões não ficarão sem a festa.

A exemplo da Prefeitura de Patos, que anunciou na semana passada que não dispõe de verba para a realização do carnaval da cidade e que a iniciativa privada irá arcar com os gastos da festa, mais duas cidades da região, Catolé do Rocha e Cajazeiras, confirmaram que devido à dificuldade de arrecadação de recursos e os problemas trazidos pela seca, não irão investir na festa de Momo, passando para empresas do setor a missão de organizar e gerenciar as festividades de fevereiro.

Desses dois municípios, apenas a Prefeitura de Cajazeiras irá oferecer um apoio entre os dias 8 e 12 deste mês, nos serviços de Saúde e limpeza urbana. De acordo com a prefeita Francisca Denize, esse apoio será institucional, uma vez que a cidade recebe um grande número de turistas e que esses dois serviços são essenciais para que a festa possa ocorrer sem maiores problemas.

“O Carnaval de Cajazeiras é bastante procurado pelo seu corredor da folia e camarotes, mas este ano nós não temos condições de investir na festa. Além da falta de recurso, enfrentamos uma grave seca ano passado e torna-se inviável para a prefeitura buscar verbas para investir apenas no carnaval. Por isso uma empresa privada irá arcar com os investimentos para que a população não fique sem a tradicional festa”, disse a prefeita.

Já em Catolé do Rocha, a prefeitura não dará nenhum apoio aos empresários que irão realizar o evento entre os dias 9 e 12 de fevereiro. Segundo informou o procurador-geral do município, Hugo Maia, sem arrecadação, tornou-se inviável o Poder Executivo assumir o evento que tem um investimento médio de mais de R$ 1 milhão, e que por isso a empresa irá cobrar um valor de R$ 70 pelos quatro dias de festa.

“Nós não temos recursos, por isso uma empresa irá assumir a realização do Carnaval de Catolé. Estamos buscando soluções para sanar os problemas trazidos com a seca, e por isso não há como assumir esta festa. Abrimos uma licença para uma concorrência, mas apenas uma empresa se candidatou e acabou assumindo a responsabilidade de organizar o evento”, disse o procurador.

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Jornal da Paraíba

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