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Filho não impede conclusão de curso
Conheça a história de uma mulher que conseguiu superar as dificuldades e hoje é advogada.
Publicado em 25/12/2011 às 8:00
Aos 21 anos, Carla (nome fictício) tinha acabado de entrar na faculdade quando engravidou de um rapaz com quem estava namorando há menos de 2 meses. “Minha cabeça virou. Eu não sabia o que fazer”, conta. A primeira dificuldade foi contar a novidade inesperada para os pais, depois, ver o namorado ir embora, alegando que era muito jovem para ser pai. “Naquele dia, parecia que o mundo estava desmoronando sobre mim”, afirma.
Em casa, a notícia da chegada de um bebê não foi recebida de forma positiva. “Meu pai era muito ciumento e conservador, ele jamais aceitaria essa situação”, lembra. Diante disso, Carla trancou a faculdade de Direito e foi morar na casa de uma prima, no interior do Estado. “Passei os nove meses dependendo financeiramente da minha prima, o que era uma situação muito desconfortável para mim”, declara.
Quando a criança nasceu, Carla passou três meses sem sair de casa, ainda abalada pela reviravolta em sua vida. “Eu tinha tudo para desistir. Todas as coisas pareciam conspirar contra mim”, afirma. Mas Carla conseguiu dar a volta por cima. “Primeiro me reconciliei com meus pais, depois voltei para a faculdade”, conta.
Com a ajuda da mãe, Carla conseguiu terminar o curso e passar na prova da Ordem dos Advogados do Brasil. Exercer a advocacia diante dos tribunais, como qualquer outro advogado, é uma das metas de Carla. “Eu não poderia desistir do meu sonho de ser advogada”, comenta.
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