ECONOMIA
Setor atacadista prevê alta de até 22% no Natal
Crescimento no mercado nordestino e aumento do poder de compra da população anima o setor atacadista paraibano.
Publicado em 02/11/2012 às 6:00
Apesar de um ano marcado pela desaceleração na economia, o setor atacadista da Paraíba prevê uma alta de até 22% sobre as vendas de dezembro do ano passado. A melhoria do poder aquisitivo da população nos últimos anos é apontada por empresários e especialistas do setor como a razão principal da projeção de crescimento do comércio neste fim de ano, apresentando expectativas superiores às do varejo, que espera um incremento de 5% a 7% com relação ao ano passado.
Para o empresário José Gonzaga Sobrinho, mais conhecido como Deca do Atacadão, do Grupo Rio do Peixe, todo o ano de 2012 foi bastante lucrativo para a empresa, que deve vender de 18% a 22% a mais do que no Natal de 2011. “No nosso caso, 2012 se comportou muito bem, sendo um dos mais lucrativos dos últimos cinco anos. Por essa razão, devemos ter o melhor final de ano em vendas de todos os tempos”, afirmou.
Já o presidente da Associação Paraibana de Atacadistas e Distribuidoras (Aspad), Zezé Veríssimo, acredita que essa elevação deve ser um pouco menor, em torno dos 12%, enquanto o faturamento do setor pode chegar aos 20% sobre o Natal de 2011. “Os produtos sazonais como bebidas, queijos, panetones, massas finas e as frutas cristalizadas devem puxar o lucro do atacado em dezembro. As pessoas estão comprando produtos com maior valor agregado, por isso o faturamento deve ser ainda maior que o volume de vendas”.
Entre os motivos lembrados por Zezé que vêm favorecendo as vendas neste fim de ano está o aumento da renda dos paraibanos em geral. “A população está crescendo e ascendendo economicamente graças à maior oferta de empregos e isso viabiliza o consumo. Uma vez que o varejo vende e fatura mais, o mesmo ocorre com o setor atacadista”, declarou o empresário, garantindo ainda que o ramo alimentício não vem sendo afetado pela crise econômica mundial. “O aumento do feijão e do arroz se deu devido ao clima. Os preços devem se normalizar logo”, disse.
Sobre o assunto, o empresário José Gonzaga está de acordo.
“Houve um crescimento do mercado nordestino. Aliado a isso também está o fato de que a classe E passou para a B, que é uma das maiores consumidoras. Posso dizer que as camadas menos abastadas da população estão podendo consumir mais hoje, gerando um ótimo momento para o varejo e, consequentemente, para o atacado”, disse o presidente do Grupo Rio do Peixe, que trabalha com a distribuição de alimentos, bebidas, produtos de limpeza e de higiene pessoal.
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