Campina Grande deve gerar 500 vagas

O final de ano se aproxima e o comércio campinense já se prepara para atender a grande demanda de consumidores que, nesta época do ano, vai às compras e garante o melhor faturamento do ano para os lojistas da cidade. As seleções para contratações temporárias já começaram e a expectativa das entidades representativas do comércio local é de que este ano sejam gerados cerca de 500 postos de trabalho temporário. A expectativa é de que um em cada oito trabalhadores contratados temporariamente seja efetivado.

A estudante Anna Gabrielly, 19 anos, é uma das pessoas que buscam ter uma oportunidade com as festividades de final de ano. Ela está tentando uma das cinco vagas temporárias abertas por uma loja de roupas do Centro de Campina e está otimista para começar sua vida profissional com um emprego provisório.

“É a chance para meu primeiro emprego e se eu for selecionada vou me empenhar muito para ter uma chance melhor, se houver a possibilidade de efetivação depois do período do final de ano”.

E quem busca a chance de ingressar no mercado de trabalho pode ter mais oportunidades este ano. Os lojistas estimam que mais de 50% das vagas temporárias que serão abertas sejam ocupadas por jovens que buscam seu primeiro emprego. A gerente de Recursos Humanos de uma rede de lojas de calçados localizada na rua Maciel Pinheiro, Marília Ferraz, ressalta que as lojas têm optado cada vez mais por este público para evitar os vícios que acompanham aqueles que já possuem experiência de trabalho em outros estabelecimentos. “Apesar de necessitar de mais treinamento, os jovens que estão tendo a chance de começar a trabalhar se adaptam melhor às regras da empresa, são mais obedientes e se esforçam mais para mostrar seu potencial. Em geral, eles são mais atenciosos com os clientes e isso atrai mais pessoas para a loja, pela qualidade do atendimento. Claro que não podemos desprezar a experiência daqueles que já trabalharam em outros estabelecimentos, porque eles possuem habilidades que os jovens aprendizes ainda não possuem, mas é inegável que o mercado está propenso a dar oportunidades maiores aos que estão à procura do primeiro emprego”, comentou Marília.

Segundo o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande (ACCG), Álvaro Barros, além de um bom índice de geração de emprego temporário, o comércio campinense também deve apresentar bons rendimentos no faturamento com as vendas de final de ano. A estimativa é de um crescimento em torno de 10% maior do que foi registrado no mesmo período do ano passado. “As lojas de roupas e calçados devem manter a tradição e liderar as vendas no período, como já acontece a cada ano”, frisou. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) tem a mesma perspectiva de crescimento das vendas.

Segundo com o presidente do CDL, Tito Motta, o Natal é um período de boas expectativas para as vendas. “Nós esperamos um aumento de 10% nas vendas em relação ao ano passado.

Os comerciantes já se anteciparam com as compras e os lojistas estão confiantes. Vai ser um período espetacular de vendas”, projetou. A demanda da época natalina atinge principalmente os segmentos de vestuário e calçados, que devem responder por cerca de 50% das contratações temporárias. Em seguida, com algo em torno de 20%, está o setor de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. (Tatiana Brandão)