ECONOMIA
Lojistas do Sertão projetam vendas menores
Apesar da primeira parcela do 13º salário já estar na praça, o varejo teme queda no faturamento em relação ao ano passado.
Publicado em 01/12/2011 às 8:00
Com a primeira parcela do 13º salário já na praça, o varejo vive a expectativa de crescimento de vendas em comparação com o ano passado. Entretanto, lojistas das maiores cidades do interior do Estado temem queda no faturamento no período de maior volume de vendas do ano e reclamam que mesmo no mês de novembro, quando o fluxo de clientes geralmente começa a aumentar, as vendas não atingiram a expectativa e foram menores que o ano passado.
Segundo a secretária geral da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Patos, Marinalva Medeiros, a situação do comércio na 'Capital do Sertão' é preocupante, mesmo com a chegada recente de lojas do Grande Varejo na cidade, como foi o caso das Lojas Americanas. “O comércio está desaquecido, já estamos em dezembro, mas para o o final do ano parece que ainda nem começou. Cada ano vem piorando”, reclamou.
Para Marinalva Medeiros, o setor ainda sofre reflexos da greve dos bancários. “Com a greve, muita gente atrasou o pagamento de contas e ainda não conseguiu se organizar. Com isto, as pessoas acabam comprando menos”, disse, acrescentando que ainda não existem estimativas do percentual de queda no fluxo de clientes, mas os lojistas vem reclamando que estão vendendo menos.
Outra cidade que teme redução nas vendas na comparação com o ano passado é Sousa. Segundo o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade, Zilmar da Silva, a redução de vendas pode chegar a 15% sobre o Natal do ano passado.
“A tendência é quem em dezembro tenhamos uma melhora de mais ou menos 5% com relação a novembro, mas em comparação ao ano passado deverá ser de queda até porque neste ano nós tivemos os apoios que sempre tínhamos e por isto não conseguimos realizar a campanha de prêmios que nos últimos anos realizamos”, afirmou.
Apesar do pessimismo, o presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas da Paraíba, José Artur de Almeida, acredita que o problema pode ser pontual ou estar atrelado ao fato de 2010 ter sido um ano "muito bom" para o setor. “Com relação a estas cidades, o que pode ter acontecido é que a base de comparação com o ano passado seja muito alta”, diz Artur, que prevê crescimento médio no Estado de 5%.
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