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VIDA URBANA

Paraibano que desenvolveu dessalinizador solar é premiado em concurso nacional

Equipamento funciona sem energia solar e tem capacidade de produzir 16 litros de água potável por dia.

Publicado em 27/11/2017 às 12:17 | Atualizado em 27/11/2017 às 14:26


                                        
                                            Paraibano que desenvolveu dessalinizador solar é premiado em concurso nacional


				
					Paraibano que desenvolveu dessalinizador solar é premiado em concurso nacional
O paraibano Francisco Loureiro, professor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), foi premiado durante a edição nacional 2017 do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, por desenvolver um dessalinizador de baixo custo, a partir da captação de energia solar.

O equipamento transforma água salobra em potável e foi produzido a partir de uma experiência envolvendo alunos do curso de Agroecologia e membros da Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (COONAP), no campus II da UEPB, na cidade de Lagoa Seca, na região do Agreste da Paraíba. “O dessalinizador foi projetado a partir de um trabalho de construção participativa, envolvendo alunos e agricultores da região. A ideia surgiu diante da necessidade de facilitar o acesso a água potável para às famílias que vivem em regiões com escassez de água”, disse.

O custo de montagem de cada unidade pode chegar até R$ 1 mil e não precisa de eletricidade para funcionar. O projeto já beneficiou durante sua fase de experiência 37 famílias que moram em assentamentos em três municípios da Paraíba, a partir da implementação de 28 dessalinizadores. Os assentamentos são: Belo Monte I [Pedra Lavrada] Belo Monte II [Cubati] e Olho D’Água [São Vicente do Seridó]. Foram implantados 28 dessalinizadores. “Estamos numa região que chove muito pouco e a nossa luta é para que essas famílias continuem sobrevivendo de suas terras, a partir de alternativas ecológicas e técnicas” explicou o professor.

Ainda de acordo com o professor, a procura pelo projeto tem sido grande. “Por se tratar de um método simples, de baixo custo e manutenção muitas pessoas estão procurando informações sobre o dessalinizador. O nosso desejo é transformar essa iniciativa em um projeto de política pública, igual aconteceu com a construção de cisternas. Quem desejar conhecer o projeto pode procurar a COONAP ou fazer o contato direto com o campus da UEPB, que estamos a disposição para contribuir. Temos um trabalho de orientação bem interessante, com cartilhas explicativas, o que facilita a compreensão das pessoas que procuram a tecnologia”, concluiu Francisco Loureiro.

Atualmente, segundo o professor, estão sendo implementados 70 novas unidades do equipamento no município de Caraúbas.

Processo de dessalinização

O modelo do dessalinizador foi projetado em uma caixa construída com placas pré-moldadas de concreto, com uma cobertura de vidro, que possibilita a passagem da radiação solar. Os processos de dessalinização e desinfecção da água, segundo o professor, ocorrem quando a alta temperatura no interior do dessalinizador provoca a evaporação da água, que entra em contato com a superfície resfriada e faz o condensamento, retirando os sais antes existentes.

O método também elimina bactérias que podem causar doenças. Cada unidade do dessalinizador produz um volume de água potável de 16 litros por dia.

Premiação

O prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social contemplou sete projetos, com troféus de vencedores e o valor R$ 50 mil para cada experiência, destinados à expansão, aperfeiçoamento ou reaplicação da metodologia. Foram inscritos no processo o total de 735 projetos, com 18 finalistas nas categorias nacional e três na internacional.

Os outros projetos premiados durante o concurso foram desenvolvidos nos estados de São Paulo, com duas experiências; Bahia, Ceará e o Distrito Federal. Na categoria internacional, o projeto vencedor foi produzido na Argentina.

O processo de análise da premiação tem como base os critérios de interação com a comunidade, transformação social e potencial de reaplicabilidade. A edição 2017 do concurso contou com a cooperação da Unesco no Brasil e o apoio do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), do Banco Mundial, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A solenidade de premiação aconteceu na última quinta-feira (23).

Imagem

Epitácio Germano

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