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ECONOMIA

Computação em nuvem ainda é pouco difundida

Computação em nuvem oferece ao usuário a oportunidade de acessar e armazenar qualquer tipo de programa ou arquivo sem a necessidade de máquinas potentes. 

Publicado em 31/10/2012 às 6:00


A computação em nuvem, do inglês “cloud computing”, ainda é uma tecnologia pouco difundida na Paraíba. Isso porque poucos são os que conhecem a usabilidade e as implicações que esse novo recurso pode gerar. Quem deseja investir no sistema deve ficar atento aos benefícios e possíveis surpresas negativas desses aplicativos.

A proposta da computação em nuvem é tentadora: dar ao usuário a oportunidade de acessar e armazenar qualquer tipo de programa ou arquivo digital, independente da capacidade de memória de sua máquina ou da complexidade de determinado dispositivo. Essa tecnologia pode ser usada em aplicações distintas, desde armazenamento de dados até ações complexas, como reprodução de filmes e jogos.

Com a nova tecnologia, o usuário pode acessar conteúdos digitais a partir de computadores simples, pois os documentos armazenados são executados em servidores remotos, um espaço imaginário chamado de 'nuvem'. Como dispensa a instalação de programas na máquina física, esse sistema é ideal para quem investe na portabilidade, através de aparelhos leves e compactos, como os netbooks e smartphones, que têm pouca potência de hardware, mas compensam na facilidade de locomoção.

O gerente de Novas Tecnologias Aplicadas da IBM Brasil, Cezar Taurion, comentou que, apesar dos avanços, a computação em nuvem é uma tecnologia que só agora começou a ser difundida no Brasil. “Ainda estamos no início da curva de aprendizado sobre computação em nuvem. Como toda novidade, existe um certo receio. Do mesmo jeito que nós passamos por inseguranças no início do e-commerce no Brasil”, avaliou.

O pesquisador do Laboratório de Aplicações em Vídeo Digital (Lavid), Rostand Costa, especialista em computação em nuvem, falou sobre a relação entre os usuários e os documentos armazenados na nuvem. “A computação na nuvem permite a aquisição de recursos computacionais na forma de um serviço, no qual os custos e riscos envolvidos com o planejamento de capacidade deixam de ser uma preocupação dos clientes e passam a ser de responsabilidade integral dos provedores”, explicou.

Os principais aplicativos da computação em nuvem são aqueles utilizados para armazenamento de dados. Esses programas funcionam como um pen drive virtual, onde o usuário guarda seus arquivos digitais num espaço da internet que só ele tem acesso.

No mercado atual, os principais aplicativos para armazenamento de dados são o Dropbox (https://www.dropbox.com/), o Google Drive (http://drive.google.com) e o SkyDrive (http://skydrive.live.com), todos gratuitos. “Esses serviços transformam uma pasta do computador do usuário em um repositório permanentemente, que é replicado na nuvem, garantindo cópias de segurança e permitindo também a sincronização do seu conteúdo com outros computadores e dispositivos, como tablets e smartphones”, explicou Rostand Costa.

Por esse ponto de vista, a tecnologia é uma excelente opção de segurança, pois age como um backup (cópia de segurança) dos arquivos guardados. Quando armazenados na nuvem, os documentos estão seguros contra possíveis problemas da máquina. Dessa forma, uma queima de disco rígido, por exemplo, não compromete os arquivos do usuário, que estão salvos na 'nuvem' e não no computador.

Apesar de ser excelente para backup, a computação em nuvem tem fragilidades quanto à invasão de privacidade do usuário, conforme explicou o especialista Rostand Costa. “O problema é que a privacidade de dados passa a depender tanto dos processos internos, adotados pelos provedores dos serviços, quanto da robustez da senha de acesso adotada pelo usuário. Da mesma forma que os dados estão acessíveis para o usuário legítimo, também estarão, potencialmente, passíveis de ser acessados por um terceiro, que consiga quebrar o sigilo da senha”, alertou.

O gerente de Novas Tecnologias Aplicadas da IBM Brasil, acredita que mesmo com chances de falha de segurança, a tecnologia é uma excelente ferramenta. “Existe um certo exagero em apontar as falhas das nuvens. Nenhuma tecnologia é 100% segura, mas a tendência é que os provedores de qualidade sejam bem mais seguros à medida que a tecnologia evolui”, afirmou Cezar Taurion. (Especial para o JP)

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Jornal da Paraíba

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