CULTURA
Dourado abre o seu 'Motor'
Cantor baiano Lucas Dourado e integrante do quarteto Troça Harmônica, apresenta seu primeiro disco solo 'Motor Misterioso'.
Publicado em 19/09/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:37
Ele não veio para fazer troça: Lucas Dourado, baiano das chapadas de Irecê (478 quilômetros de Salvador), 32 anos, 13 dos quais vividos em João Pessoa, onde veio estudar Engenharia Mecânica e terminou como bancário, disponibiliza, nesta quinta-feira, todas as canções de Motor Misterioso, seu primeiro disco solo, em seu site (www.lucasdourado.com.br).
O objetivo é muito claro: apresentar-se ao público que ainda não o conheceu no palco, integrando a formação do quarteto Troça Harmônica, e começar, em novembro, uma rotina de shows que, um dia, o conduza à meta de viver só de música.
"Tem sido um trabalho pesado", suspira o cantor e compositor que, nos últimos meses, emagreceu três quilos tentando conciliar os ensaios e o trabalho em uma agência bancária que, por sorte, fica pertinho do Estúdio Mutuca, onde recebeu a reportagem do JORNAL DA PARAÍBA.
Ao lado do guitarrista Chico Limeira e do baixista Daniel Jesi, dois nomes de uma banda que o acompanhará nesta missão, Dourado falou do material que foi acumulando desde 2006, quando cansou da engenharia e aprendeu a improvisar melodias em um saxofone, influenciado por músicos de jazz.
"Se você me perguntar como faz uma nota no sax eu não saberia te dizer", brinca um músico que se considera autodidata e tardio, que aprendeu a tocar violão já na adolescência, aos 16 anos. "Eu só comecei a compor quando comecei a improvisar. Aprendi e pensei: sei improvisar? Então eu sei criar melodias e fazer música".
Desta sua experiência solitária e de um passado distante no qual foi percussionista em bandas de axé, Dourado extraiu canções como 'Saravá e quengo', 'Barbante prateado' e Temparada', já conhecidas pelos que acompanham a carreira da Troça Harmônica, além de parcerias com a sua esposa, a poetisa Polly Barros (também atriz do Ser Tão Teatro).
Além do companheiro de Troça Harmônica, Chico Limeira (baixo, guitarra e cavaquinho) e do 'Burro Morto' Daniel Ennes (que atuou como técnico), participaram das gravações também Haley Guimarães (teclado, sintetizador e guitarra), Macaxeira Acioli e Pablo Ramires (percussão) e Ruy José (bateria). Houve também colaborações de Uirá Garcia (guitarra), Helinho Medeiros (teclado, sintetizador e acordeom) e do trio de vocalistas formado por Polly Barros, Gabriel Pereira e Erica Maria.
A estreia do projeto solo em novembro, segundo Dourado, está sendo negociada para ser na Usina Cultural Energisa, que recebeu a Troça Harmônica em abril.
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