POLÍTICA
Política de aliança marca festa do PT
Discussões sobre a aliança eleitoral em São Paulo abriram uma crise ontem na comemoração do 32º aniversário do PT.
Publicado em 11/02/2012 às 8:00
As discussões sobre a aliança eleitoral na maior cidade do país abriram uma crise ontem na comemoração do 32º aniversário do PT. Convidado como presidente do PSD, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab acabou vaiado por petistas e causou novo mal-estar com a senadora Marta Suplicy, sua adversária e uma das principais lideranças do PT na capital paulista.
Embora estivesse em Brasília, Marta avisou ao partido que faltaria à festa, que reuniu, pela primeira vez, o candidato do PT à prefeitura paulistana, o ex-ministro Fernando Haddad, a presidente Dilma Rousseff e Kassab no mesmo "palanque".
Ao ser chamado para compor a mesa, Kassab levou uma grande vaia de petistas. Apesar de adversários nos últimos anos, PT e Kassab discutem uma aliança para a eleição em São Paulo. Há forte resistência de petistas nos bastidores,.
Mais cedo, quando ainda estava em São Paulo, Kassab disse já ter almoçado e jantado várias vezes com a senadora. "Eu não acredito que a Marta nos tenha como inimigos. Ela nos teve como adversários."
O convite do PT para que Kassab fosse hoje à festa do partido foi recebido com surpresa também pelos coordenadores da campanha de Haddad. Na chegada, o ex-ministro se limitou a dizer: "Ele está aí? É bem-vindo".
Antes mesmo da chegada do prefeito, a negociação com PSD foi objeto da agenda petista. Interlocutores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, e o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, defenderam o acordo com o PSD.
Para o ex-ministro José Dirceu, a presença de Kassab foi um bom sinal: "O que não pode é não fazer aliança e ter que buscar o apoio do PSD no segundo turno e, depois, ter que dar cargo no governo", argumentou.
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