CULTURA
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Conhecidos por meio das artes plásticas, paraibanos exploraram espaços na literatura e se destacaram em 2013.
Publicado em 03/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 22/05/2023 às 12:41
As artes visuais sempre escreveram capítulos importantes da história cultural da Paraíba. No ano que passou, a metáfora foi quase literal. Arte e escrita se confundiram. O artista Flávio Tavares, cujas telas traduziram em mais de uma ocasião as páginas da nossa literatura, será lembrado futuramente como o primeiro artista plástico a ocupar uma cadeira da Academia Paraibana de Letras (APL).
Flávio começou 2013 finalizando o painel A Bagaceira, projeto livremente inspirado na obra de José Américo de Almeida (1887-1980). A peça, que será instalada no Centro de Arte e Cultura da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), impulsionou a candidatura à APL, onde ele assumiu, em julho, a cadeira nº 14, deixada vaga pelo poeta Ronaldo Cunha Lima (1936-2012).
Outro artista que flertou com a literatura foi José Rufino. A homérica Ulysses (2012) entrou no último mês de janeiro em exibição na Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro. Violatio (2013), individual inspirada no período da ditadura, ainda está em cartaz no Museu Brasileiro de Escultura (MuBe), em São Paulo.
Rufino ainda assinou, em 2013, um contrato com uma das editoras mais relevantes do país, a Cosac Naify. Ele irá estrear na literatura em 2015, publicando o seu primeiro livro de contos, Afagos. Rufino já é nome confirmado para a Festa Literária de Paraty (Flip) no próximo mês de julho, e publicará futuramente, também pela Cosac, o seu primeiro romance, ganhador da bolsa de incentivo à criação literária da Fundação Nacional de Artes (Funarte), em 2009.
O artista, crítico, curador, professor e pesquisador Dyógenes Chaves foi outra figura fundamental para as artes visuais no Estado. Em março, ele lançou o livro 2005-2010: Ensaios Sobre Artes Visuais na Paraíba. No segundo semestre, colocou em circulação a revista Segunda Pessoa, que ganhou nova periodicidade depois que foi contemplada com o edital Procultura, da Funarte.
Chaves fundou com sócios uma nova galeria em João Pessoa: a Rede Arte Contemporânea (em Manaíra). Esteve em cartaz na capital com a histórica Ora Pro Nobis, em julho. À frente da curadoria do projeto '10 Anos - 10 Exposições', da Usina Cultural Energisa, articulou a homenagem a artistas como Hermano José, que marcou passagem também pela galeria do Centro de Turismo e Lazer do Sesc Cabo Branco.
O medalhão, que completou 91 anos em 2013, foi tema do livro A Vida Luminosa de Hermano José, da autora Irismar Fernandes de Andrade, e do vídeo Hermano José Vida e Arte, com a trilha sonora Música para Hermano José, do compositor Adeilson França (Thellys).
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